sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Celebrando a oportunidade de servir



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Escrito por JOSÉ DE ASSIS VELOSO
06-Jan-2009
“Servi ao Senhor com alegria e apresentai a Ele com canto.” – Salmo 100.2

O cântico do cristão deve ser acompanhado de uma expressão de alegria. Não entendemos que possa ser de outra forma. Devemos interpretá-lo expressando sempre alegria. Cantar hinos cristãos é um meio de edificação, de ensino, de ação de graça e de oração. Através do cântico podemos levar nossas petições ao Átrio Celestial. Nossos cânticos espirituais, tanto os que cantamos na igreja quanto os que cantamos em particular, devem ser inteiramente dirigidos a Deus como o são nossas orações de louvor e/ou nossas petições.

Os cânticos individual e congregacional devem ser dirigidos, antes de tudo, ao Senhor. Devem ser executados com alegria e devemos estar cientes da presença do Senhor em nosso meio, também, nos momentos de louvor e adoração.

Nossos cânticos devem deixar patente que o Senhor é o nosso pastor, pois foi Ele quem nos redimiu. Deve expressar sempre o nosso amor, nossa fidelidade e nossa verdade para com o Senhor. Se não estivermos interessados em chegar ao Trono do Senhor, através do cântico, é melhor que não cantemos, pois Ele não se alegrará. Nosso cântico quando é alegre, alegrará também o coração do Pai.

O texto de Efésios 5.19 nos afirma claramente que devemos “falar entre nós com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no nosso coração”.

A Bíblia nos orienta, em Romanos 15.9-11, que o propósito de cantar hinos ou cânticos espirituais deve ser um momento de adoração e de louvor a Deus, jamais um passatempo nem uma exibição de talentos individuais.

A forma de servir (ou adorar) a Deus deve ser sempre com muito júbilo, com alegria, com cântico e com ação de graça. Porque quando adoramos, o estamos fazendo a Deus. Tendo, portanto, em mente que o Senhor é bom, é misericordioso e é fiel de geração em geração.

Servirmos ao Senhor com cântico é a oportunidade que temos de entrar no santo átrio celestial. É o momento que temos de praticar o que nos ensina o salmista no capítulo 150, quando assevera que todo ser vivente é convidado a tomar parte no louvor ao Senhor como Criador, Todo-Poderoso e Onipotente.

O apóstolo Paulo, em Atos 20.19, declara que em muitas ocasiões servia ao Senhor com lágrimas. Seu trabalho missionário freqüentemente era acompanhado por lágrimas provocadas pelas tentações e ciladas dos seus patrícios judeus. No verso 31 do texto citado, Paulo acrescenta que seu sofrimento com lágrimas durou noite e dia, durante três anos. Mas de uma coisa Paulo nunca se esqueceu: de que tudo fazia com alegria porque era para o Senhor e não para homens.

Com relação a Davi, o fato de poder transportar a Arca da Aliança para Jerusalém trouxe-lhe muita alegria. Sua alegria era tanta que louvava o Senhor, dançando com todas as suas forças, com muito júbilo e ao som de trombetas (2Sm 6.14-15). O texto afirma que quando a Arca deu entrada em Jerusalém, Davi saltava e dançava alegre diante do Senhor, a ponto de suas roupas reais se esvoaçarem (como nos afirma o comentário bíblico de 2Sm 6.20), deixando aparecer parte do seu corpo (2Sm 6.16). Levar a Arca da Aliança para Jerusalém era objetivo prioritário para o rei Davi. Para agradecer a Deus pelo sucesso do transporte da Arca, Davi teve a preocupação e o cuidado de oferecer-Lhe holocaustos e sacrifícios pacíficos.

Em contrapartida, Mical, sua mulher e filha de Saul, teve a insensibilidade de criticá-lo pela maneira como louvava a Deus (1Cr 15.29). Entendia ela que Davi se portava de maneira inconveniente para alguém que era o rei de Israel.

A estéril Mical era como muitos crentes de hoje: louvam ao Senhor com caras tristes, semblantes fechados, envergonhados e sem motivação. Têm vergonha de se mostrar. Seus louvores são sem prazer e não chegam aos Céus. Não chegam ao trono de Deus. Não são recebidos no Átrio Celestial.

O louvor de muitos crentes também é estéril, não produz alegria no seu coração nem no coração de Deus. Na verdade, Deus não precisa dos nossos louvores. Mas, já que vamos praticá-los, devemos proceder com alegria no coração para que os Céus também se alegrem e eles sejam recebidos pelo Senhor como aroma suave. A alegria, louvor e júbilo demonstrados por Davi foram recebidos nos Céus. O coração do Senhor ficou alegre e feliz. A prova disso foi que os holocaustos e sacrifícios oferecidos por Davi foram aceitos pelo nosso Senhor.

Davi era um homem que adorava o Senhor com a totalidade do seu ser e não se olvidava de instruir a nação de Israel a fazer o mesmo, adorando e louvando através de instrumentos musicais, alaúdes, harpas e címbalos, para que fosse ouvido, levantando a voz com alegria (1Cr 15.16).

Tal qual foi Davi, assim também devemos ser, servindo ao Senhor com alegria, com inteireza de coração, nos esforçando para fazermos o melhor que pudermos, transformando-nos em muitos Davis, celebrando da melhor forma a oportunidade que temos de servir ao nosso Deus.

JOSÉ DE ASSIS VELOSO

Diácono da PIB de Copacabana, Rio de Janeiro (RJ)


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

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