quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

SWOT missionário de Jesus (2 de 3)

Esta é a parte 2,
Leia a Parte 1.

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Escrito por WALMIR VIEIRA
21-Jan-2009

Forças, fraquezas, ameaças e oportunidades à obra missionário-evangelística em Lucas 10.1-12

OPORTUNIDADES

1- A dimensão da obra. “A seara é grande...” (v. 2). Os campos estão brancos para a ceifa (Mt 4.38). Como mencionado anteriormente, há bilhões que ainda precisam ser reconciliados com Deus. Há milhões de pessoas prontas para receberem a Palavra. Deus, de antemão, já as predispôs (não predestinou) para a salvação. “Como ouvirão se não há quem pregue? Como pregarão se não forem enviados?” No Brasil e no mundo há muita gente ainda que, sem saber, está aguardando a manifestação dos filhos de Deus. Se elas ouvirem crerão. Ao redor de nossas igrejas há milhares de pessoas sofridas, angustiadas, escravizadas e com a alma e o coração dilacerados, prontas para receberem a boa mensagem da graça e da misericórdia divina. Os males deste tempo tendem a tornar os corações terras férteis para receber a Cristo.

2- Os preparadores do caminho. “Mandou-os adiante de sua face. (...) a todas as cidades e lugares aonde havia de ir” (v. 3). Nós não somos o caminho. Nós não fazemos a obra para nós. Somos os que preparam a terra, os que ajeitam a infraestrutura, somos os que fazem o trabalho de base. Somos os canais da bênção. Não somos a bênção. Mas a bênção não chega sem nós. É assim que a parceria Jesus/Igreja foi estabelecida. Se a igreja falhar na sua parte logístico-missionária impedirá Deus de agir. Missões é ir, é pregar, é estabelecer contatos, é abrir caminho, é adubar e semear a terra. A mensagem, o poder, a obra de convencimento, a transformação dos corações, os resultados numéricos são tarefas divinas. Cabe a nós facilitar e preparar a visitação do Senhor.

3- Os portadores da paz. “...Em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa” (v. 5). Para um mundo conturbado e repleto de corações aflitos, somos convocados a sermos semeadores da paz. Se temos a “Shalon Adonai”, podemos compartilhá-la. O maravilhoso é que quanto mais a paz de Deus distribuímos, mais paz temos para dar. Ela se multiplica na medida em que é dividida, assim como, infelizmente, é diminuída na medida em que é retida. Nunca as pessoas precisaram tanto da paz como agora. Como nos foi dada essa paz especial, está sobre nós a maior de todas as oportunidades. Com a morte de Cristo, o poder da paz se ampliou e ganhou uma preciosa companheira. À paz “shalon” do AT (tranquilidade, descanso, saúde) agregou-se a paz “eirene” do NT, que mantém o coração esperançoso, inabalável e alegre mesmo em meio às circunstâncias difíceis da vida. Esta “paz que excede a todo entendimento” (incompreensível sob o ponto de vista racional) recebeu o reforço da “karis” (graça) e juntas fazem dos filhos de Deus gente muito abençoada e abençoadora. Somos, portanto, portadores da nova e maravilhosa dupla divina: graça e paz. Que oportunidade se nos é dada!

4- Os filhos da paz. “Se ali houver algum filho da paz, repouse sobre ele a sua paz” (v. 6). Nunca a Palavra de Deus volta vazia. Sempre há, em todo lugar, em lugarejos ou grandes centros, alguém com um coração receptivo a ela. Nós não sabemos onde eles estão nem quantos são, mas eles estão lá esperando pelos propagadores da paz. Há muitos corações prontos para receber a fé em Jesus. Mas eles precisam ouvir – “a fé vem pelo ouvir”. “Mas como ouvirão se não há quem pregue?” O livro O Fator Melquisedeque, de Dom Richardson (Vida Nova), diz que Deus marcou um traço em todas as culturas para facilitar a compreensão do Evangelho. Colocou uma janela em todas as sociedades para ser aberta pela mensagem do reino de Deus. A tarefa missionária é, em primeiro lugar, buscar esta ponte de ligação da cultura a ser alcançada com o evangelho, como Paulo fez em Atenas com respeito ao “deus desconhecido”. Como descobrir essa janela e abri-la se não formos e não conhecermos as culturas das nações e dos povoados que queremos alcançar? Filhos da paz e traços culturais de paz nos aguardam em todos os lugares. Mesmo que, incentiva Jesus, por uma hipótese muito remota, não haja um filho da paz, “retornará a paz sobre vós” (v. 8). Seremos sempre abençoados, de qualquer maneira.

5- O poder do reino. “...Curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado o reino de Deus”. Ninguém pode negar que há um poder disponível aos servos de Deus para ser usado na obra de revelação da grandeza e beleza do Reino. Deus sabe que as pessoas querem ver resultados concretos, evidências palpáveis de que o que se está anunciando em palavras se manifesta na vida prática. Todos os vocacionados de Deus têm seus dons espirituais (carismas) dados por Deus para facilitar e tornar o trabalho missionário-evangelístico ainda mais fácil. Pode ser o de curar o corpo, as emoções, a família, a autoestima em nome de Jesus. Pode ser o de realizar o milagre de sarar dos vícios, das amarguras, das opressões pelo poder do Evangelho. Enfim, junto com todos os ministros do Reino vai, também, o poder do Reino. Esse poder não é para ser usado para glória pessoal, mas com espírito de humildade e misericórdia. O poder não é dos súditos do Reino, mas do Senhor do Reino. Somos apenas canais desse poder. E os canais precisam estar limpos e desobstruídos. Os que não aproveitam o poder do Reino perdem a oportunidade de serem canais de grandes bênçãos.

6- A mensagem do reino. “Sabei, contudo, isto, que o Reino de Deus é chegado a vós” (v. 11). No projeto de Jesus a mensagem do Reino tem lugar central. As curas físicas e outros milagres não-espirituais são apenas sinais ou manifestações do Reino. A mensagem eterna e salvadora do Evangelho é a que tem a maior importância. Essa mensagem e os efeitos dela têm prazo de validade determinado, que só Deus conhece, quanto à oportunidade para a aceitação. Não há em lugar nenhum, em igual semelhança, um maior poder que a mensagem do Reino. E somos portadores dela. O Reino chegou, ainda que não completamente, mas chegou para ficar, se expandir e tornar-se absoluto. Esse Reino é invisível, eterno, infalível, vitorioso e gracioso. Está sob o comando da triunidade divina. Não tem como falhar. É muito bom fazer parte desse time de vencedores e ser servo, divulgador e beneficiário desse Reino de glória. Só os loucos e os suicidas espirituais rejeitam a maravilhosa e verdadeira mensagem do Reino.

WALMIR VIEIRA - CLIC (Centro de Liderança Cristã Criativa), pastor interino da IB Cidade Jardim, Belo Horizonte (MG) - clicwv@hotmail.com


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br



CONTINUAÇÃO: Parte 3

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