sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Faça a diferença! Uma palavra de encorajamento aos pastores para enviar recursos para Missões



Escrito por JOEL RODRIGUES COSTA JÚNIOR
18-Feb-2009
Escrever um artigo de encorajamento para pastores pode cair facilmente em um lugar comum. Quem precisa ler o óbvio? Então, em vez de teorizar, resolvi acenar com alguns benefícios em o pastor levantar cada vez mais recursos financeiros junto a sua igreja para Missões. Eis alguns deles:
VOCÊ TORNAR-SE-Á ESTRATÉGICO PARA DEUS
Deus falou a uma viúva que sustentasse seu servo Elias. Mulheres foram movidas a sustentar Jesus. Tanto aquela como essas foram estratégicas para Deus. O ministério profético de Elias e muito mais o ministério de Jesus tornaram-se um marco decisivo na história da salvação. E Deus usou mulheres no sustento de ambos. Eu estou convencido de que Deus procura pessoas-chave para sustentar a Obra Missionária.
Nós cometemos um erro imenso em pensar que somente igrejas grandes podem fazer diferença em missões. Na verdade, eu creio que é bem o contrário. Estou certo que igrejas pequenas podem fazer toda a diferença no sustento da Obra Missionária, aos olhos de Deus, pelo menos.
Escrevo o que vem a seguir com temor e tremor, correndo o risco de ser mal interpretado. Minha igreja, sendo pequena, com 142 membros, levanta por ano mais de R$ 48 mil para Missões. Isto dá uma média de R$ 338,00 por membro ao ano. Agora, imagine se todos os membros de igrejas batistas contribuíssem assim no Brasil, nossa denominação levantaria mais de 500 milhões por ano para Missões! E somos uma igreja de periferia de uma cidade do interior paulista.
Acredito que para Deus não importa o valor, mas a atitude, a entrega, o compromisso, o desprendimento. O pequeno judeuzinho deu cinco pães e dois peixinhos e foi suficiente para alimentar uma multidão faminta de mais de 20 mil pessoas.
Ao contrário do senso comum, Jesus não precisava de um empresário para comprar pão para aquele povo. Muito menos precisava ele de uma padaria ali no deserto. Ele simplesmente precisou de um garoto que foi estratégico para aquele milagre.
Querido pastor, nós podemos nos tornar estratégicos dessa forma para o Senhor. Talvez nossa contribuição não apareça na denominação, nos relatórios que contemplam números altos. Mas, diante de Deus, faremos diferença como aquele menino e aquelas mulheres o fizeram!
DINHEIRO NÃO SERÁ PROBLEMA PARA SUA IGREJA
Esse é um medo comum. Se eu levar minha igreja a dar cada vez mais para Missões, sobrará dinheiro para as outras coisas? E o projeto de construção? E o projeto de evangelização? E o sustento do pastor? Essas e muitas outras perguntas logo se agigantam quando decidimos investir abnegadamente em Missões.
Lembro de ter ouvido o pr. Edson de Queiroz dizer que a igreja que ele pastoreia levantou um prédio de Educação Religiosa sem campanha alguma de construção. Aliás, a campanha deles era, segundo o pr. Edson, mandar dinheiro para Missões!
Eu tenho experimentado algo semelhante. Minha igreja é pequena, bem menor que a do pr. Edson, mas posso testemunhar de que jamais faltou dinheiro para fazermos as “demais” coisas. Quando cheguei à IBBN ela já levantava R$ 1.200,00 para Missões por mês com 90 membros e tinha uma receita mensal de dízimos de R$ 4.500,00 (média dos seis meses anteriores a minha chegada).
Cinco anos depois, pela graça do Senhor, o valor enviado para o campo missionário é quatro vezes maior e a receita de dízimos da igreja cresceu três vezes. Ainda, nesse meio tempo compramos um terreno ao lado da igreja para ampliação do templo nesses anos por vir.
Acredite-me, pastor, sobrará tanto dinheiro que você não saberá direito o que fazer com ele. Deus traz muitos recursos a igrejas que investem na Obra Missionária. O saldo de nossa igreja cresce a cada mês. É impossível dar ao Senhor mais do que Ele nos dá!
A IGREJA VAI FICAR FOCADA NO QUE É REALMENTE IMPORTANTE
Todos temos projetos para nossas igrejas que recebemos do Senhor em oração e estudo das Escrituras. Mas nenhum desses projetos pode ocupar o lugar do Projeto de Deus que está em Atos 1.8. E, como ouvi recentemente, “a igreja que não pratica Atos 1.8 será levada para Atos 8.1”.
Penso que é um crasso erro teológico valorizarmos mais os nossos projetos do que o de Deus. Penso o mesmo quando se trata de colocar um projeto de Deus estabelecido nas Escrituras abaixo de um projeto particular que Ele tenha nos dado.
A missão foi dada aos 11 apóstolos. Pense em como eles receberam tal incumbência! Duvido que eles tenham cogitado assim: “Bem, vamos fazer a nossa parte, outros terão que fazer a deles”. Não!
Acredito com todo meu coração que eles pensaram que Jesus estava falando de eles próprios testemunharem até os confins da terra ou, quando muito, enviarem os que o fariam. Não acredito que eles pensaram diferente disso. Quando vejo o Apóstolo Paulo querendo chegar até a Espanha ainda em vida para pregar Cristo aonde Ele ainda não houvera sido proclamado, percebo essa noção grandiosa de incumbência de que os apóstolos estavam imbuídos.
Hoje muitos querem ser mais sábios que o Espírito Santo. Homens querem fazer a Agenda de Deus. Não creio nisso e penso que qualquer ministério por mais grandioso que seja aos olhos humanos, não passa de palha aos olhos de Deus se não cumprir a agenda divina para a Igreja que é Atos 1.8!
Quando tentamos aproximar nossa igreja o mais perto disso é como se pudéssemos ouvir de perto o coração de Deus batendo pela humanidade perdida. Deus comunica seus planos e pensamentos aos que mantêm-se focados no propósito maior que é a Missão!
Termino sugerindo dicas para aumentar as ofertas de sua igreja para Missões:
• Desafie os membros a um compromisso mensal/anual. Em nossa igreja chamamos isso de Promessa de Fé. As ofertas do dia especial são boa estratégia, mas quem quer progredir no sustento missionário precisa se aventurar a mais. Meu alvo é que um dia eu consiga, com a igreja, sustentar integralmente vários casais de missionários nas quatro instâncias missionárias: local, estadual, nacional e mundial. Não chegarei a isso com ofertas trimestrais e sim com ofertas mensais de gente comprometida pela fé e pelo amor com a obra missionária. Neste final de ano que passou fiquei feliz juntamente com a igreja em podermos enviar ofertas extras a título de “13º salário” para a conta pessoal de cada missionário. Queríamos que eles sentissem a gente de perto e que estamos aqui prontos para dar, mais e mais, até doer mesmo, para a Glória de Deus!
• Você, pastor, deve iniciar. Deus abrirá o coração da igreja se nós pastores dermos. Ninguém precisa ficar sabendo. Devemos ser os primeiros a “morrer”, os primeiros a dar. Também falo o que vou falar agora com temor e tremor, mas tenho que fazê-lo. Em meu primeiro ministério, aos 23 anos de idade, levei a proposta de a igreja adotar um missionário na África da JMM. Minha igreja na época não quis, pelos motivos acima mencionados já. Eu mesmo adotei aquele missionário. Durante um ano trouxe notícias para a igreja sobre o missionário que estava sendo ajudado com as ofertas de um membro de nossa igreja. Ao final de um ano, a liderança da igreja me disse: “Pastor, queremos adotar um missionário”. Até hoje aquela igreja envia dinheiro para Missões. Glória a Deus!
• Alargue a cada ano a visão aumentando o número de projetos adotados. Associo a consciência missionária da igreja a uma música de fundo. Fazemos muitas coisas enquanto contribuímos para Missões. Mas as fazemos ao som de Missões.
Deus tem me dado projetos também para a minha igreja local: Pequenos Grupos, Discipulado, EBD com currículo reformulado e contemporâneo, ministério com famílias, ampliação do templo entre outros. Porém, a cada mês, missionários vêm falar em nossa igreja. Não dependo das Juntas para isso. Corro atrás! Não quero que algo tão importante como alargar a visão missionária de minha igreja seja entregue ao acaso ou à boa vontade deste ou daquele.
Na maioria das vezes, gastamos boas quantias colocando esses missionários em hotéis, pagando-lhes as despesas, entregando-lhes ofertas extras, etc.
Em 2008, recebi na igreja nosso missionário no Peru com sua esposa e quatro filhos. Ele me falou ao ir embora: “Joel, nunca fomos tão bem tratados por uma igreja. Meus filhos nem estão acreditando!”
Também recebemos missionários estaduais, nacionais e já este mês de fevereiro receberei nosso missionário que está na Tribo Gavião em Ji-Paraná! Glória a Deus!
Não quero passar um mês sequer sem lembrar que minha igreja existe para enviar missionários e para fazer Missões!
Não estou satisfeito com o que levantamos para missões em minha pequena igreja de 142 membros onde cada membro, em média, contribui com 338 reais por ano. Imagine se todos os batistas contribuíssem assim! Pastor, venha com a gente, vamos evangelizar o mundo inteiro em nossa geração!
(A IBBN levanta, atualmente, mais de R$ 4 mil reais para Missões, todos os meses, que são enviados para projetos locais, estaduais, nacionais e mundiais.)

JOEL RODRIGUES COSTA JÚNIOR
Pastor da IB Boas Novas, Ribeirão Preto (SP)

EXTRAÍDO DE: http://www.ojornalbatista.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1009&Itemid=33

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

!!!Acampamento 2009 chegou!!!


De 21 à 24 deste mês, todos estarão curtindo muito o Acampamento 2009!
Depois do Acampamento vamos postar no Blog tudo o que rolou lá...Então me dá licença, que eu já tô indo...FUI!!!
(De recesso até dia 24, uhuUuuuuU!)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Acampamento 2009...você não vai querer perder!!!






Mais informações acesse: www.acampamento-2009.blogspot.com

sábado, 14 de fevereiro de 2009

PLC 122/2006, Diga não!

A Virgem Sob Suspeita



PDF Imprimir E-mail

Não estou suspeitando de nenhuma jovem, em particular. Este é o título de reportagem da “Veja”, de 10.12. 2008. A suspeita é do Vaticano sobre as aparições de Maria, na cidade de Medjugorje, na Bósnia. É o maior fenômeno de devoção católica nos últimos anos. Começou em junho de 1981, quando seis adolescentes tiveram visões da “Virgem Maria”.

A “Virgem de Medjugorje” é famosa. Cerca de dois milhões de pessoas viajam anualmente ao lugarejo para receber conforto espiritual de “Nossa Senhora de Medjugorje”. No Brasil, a devoção também é expressiva: cerca de um milhão de pessoas. Mesmo assim, a Santa Sé questiona a veracidade das aparições. Os adolescentes que tiveram as “visões” hoje são adultos e fazem palestras sobre a “Nossa Senhora de Medjugorje”, cobrando, evidentemente. Algumas visões acontecem com hora marcada e, segundo a revista, “é possível promover espetáculos em torno delas”. Em uma visão, em 1997, o visionário conseguiu 70.000 dólares, “sob a forma de doações voluntárias”.

Os requisitos básicos para que uma aparição de “Nossa Senhora” seja reconhecida pelo Vaticano foram determinados no século XVIII, pelo cardeal Lambertini, que veio a ser o papa Bento XIV (1740-158). São eles: (1) O conteúdo das mensagens deve ser coerente com o evangelho; (2) Os videntes devem ser psiquicamente equilibrados; (3) As aparições devem resultar em milagres ou conversões. Além das dúvidas sobre as aparições, o Vaticano nutre reservas sobre o padre Vlasic, que foi o líder espiritual dos videntes. Vão desde sua postura moral até seu caráter manipulador.

E nós com isto? É que o Vaticano está sendo mais prudente, mais sensato, e mais equilibrado que muitos evangélicos. O que há de “aparições de Jesus”, “palavra de revelação” e outras do gênero, entre nós, é incrível. E não são examinadas, como diz 1João 4.1: “Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo”. Da fé, os nossos passam à credulidade ingênua e enganada.

Se tivéssemos os mesmos princípios que o Vaticano tem sobre aparições, para medir as “revelações” entre nós, não veríamos absurdos, como o culto à personalidade em nosso meio (rejeitamos a idolatria católica, mas fazemos ídolos que são inquestionáveis e têm um imenso fã clube!). Por exemplo: como é possível levar a sério um pastor que diz: “Deus me disse hoje que o Senhor permite que um homem tenha várias mulheres, desde que com isso glorifique ao Senhor”? [1] Tal homem deveria ser imediatamente rechaçado pelos ouvintes, e não endeusado.

O que dizer de um pastor que diz que Jesus lhe falou o seguinte: “Eles me crucificaram por ter reivindicado ser Deus. Mas eu não reivindiquei ser Deus; apenas disse que andava com Ele, e que Ele estava em mim. Aleluia!” [2]. Este homem nega a divindade de Cristo e seus ouvintes concordam e o aplaudem?

Outro diz que colocou demônios sob juramento e eles lhe disseram que entram no corpo das pessoas através do sêmen ou do cordão umbilical [3]. Um pastor ensina como verdade algo que, pretensamente, teria recebido como uma confissão de demônios! As pessoas estão acreditando em mensagens de demônios pregadas como revelação! Vibram com isto, e se zangam quando questionadas!

Antes que me chamem de ecumenista por concordar com os princípios do Vaticano (há quem procure chifre em cabeça de cavalo, e há os que não conseguem interpretar um texto) reafirmo minha postura de batista histórico, firmado no tesouro teológico de seu grupo. O fato é que os evangélicos estão perdendo o rumo. Porque estão perdendo a capacidade de analisar tudo pelas Escrituras. Há gente ávida por novidade, que não quer mais a Bíblia, não a lê nem a estuda. Que está deixando a simplicidade do evangelho e se envolvendo com o ocultismo neopentecostal (gurus, profetas e profetisas, novas revelações, caboclos evangélicos de reza forte de sexta-feira, etc.). Padecemos de ignorância bíblica e o que é pior: desprezo pela Bíblia. Já fui a cultos com uma hora de corinhos esfuziantes e depois me deram trinta minutos para pregar. Metade do auditório que ficou estava exausta e não conseguia acompanhar a pregação. A outra metade estava tão excitada que não acompanhava raciocínio algum. Só se eu gritasse (falo baixo) no mesmo volume dos decibéis dos instrumentos. Mas poderíamos entrar em transe ou em um momento de histeria pura. E era uma semana de estudos bíblicos! Ah, sim, acabado o “momento de louvor”, boa parte do auditório se foi.

Há gente deixando o alimento sadio das Escrituras e tomando sopa de colocíntidas. Assim, há morte nas panelas de nossas igrejas (alguns não saberão a origem desta metáfora).

Os princípios do Vaticano são apenas regras de bom senso. Que também deveríamos ter. Ou seja: (1) Nada pode vir contra o ensino claro das Escrituras. Tudo que vem contra ela está errado. (2) Os “videntes evangélicos” precisam ser equilibrados. Simples! Eles, pregadores, cantores e dirigentes de culto precisam ser pessoas emocionalmente sadias. E também espiritualmente; (3) Se há conversões e edificação da igreja, o fenômeno pode ser bem avaliado. Mas isto não pode ser o critério último. Se há enriquecimento dos líderes (há “marajás do Senhor”) o movimento deve ser refutado. Para os jesuítas, “o fim justifica os meios”. Mas os meios devem ser tão lícitos quanto os fins.

Pelo menos aqui a Igreja Católica teve bem senso. Que muita gente entre nós não tem. E se escuda em uma torre de marfim de espiritualidade. Retidão e integridade são exigências indispensáveis para a obra de Deus. Mais que movimentos e que números. Por isso, muita cautela com aparições, revelações e gurus.

E se quiser conhecer mais sobre o assunto, leia meu livro “Neopentecostalismo – uma avaliação pastoral”. Talvez lhe seja útil.



[1] ROMEIRO, Paulo. Evangélicos em crise. S. Paulo: Editora Mundo Cristão, 1995, p. 42.

[2] HANEGRAAF, Hank. Cristianismo em Crise. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 49.

[3] SUBRITZKY, Bill. Demônios derrotados. S. Paulo: ADHONEP, s/d, p. 134


EXTRAÍDO DE: www.isaltinogomes.com

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Não se esqueça!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Carnaval



PDF Imprimir E-mail
Escrito por NATANEL MENEZES CRUZ
12-Feb-2009

A palavra carnaval, do italiano carnevale, designa um período de festa profana do mundo medieval. A festa iniciava no dia de reis (epifania) e se estendia até a quarta-feira de cinzas. Neste dia se comemoravam os jejuns quaresmais, oriundos de ritos e costumes pagãos, como as festas dionisíacas, as saturnais e as luperciais.

O carnaval se caracterizava pela alegria instada pelos prazeres da carne. Os dias anteriores à quarta-feira de cinzas eram dedicados a diferentes sortes de diversões, como folia, folguedos e erotismo com disfarces e máscaras. No Brasil, ano após ano, esta prática acontece. Aliás, acontece em variadas épocas do ano, porque existem as micaretas em várias regiões do país. Carnaval, portanto, se expressa em três realidades:

Primeira: Era uma forma de tributar honras aos deuses pagãos, através de danças e exibição da carne. Como houvera com Diana, Afrodite, Eros na Grécia, Baco em Roma. E, no Brasil, pode-se dizer, em honra a Momo.

Segunda: Carnaval é uma festa que dá expansão à carne ou que expressa os desejos da carne. Disse Paulo: “Andem em espírito e não cumpram a concupiscência da carne” (Gl 5.16). Vale dizer: o que se faz na carne, ceifa-se na carne. Jesus advertiu sobre este fato em João 6.63: “O Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que vos tenho dito são espírito e são vida”.

Terceira: Os prejuízos trazidos pelo carnaval são reais e irreparáveis. Paul Tillich, em seu livro Teologia Sistemática, diz que emoções não curadas geram dois tipos de ansiedade: ansiedade do vazio e do medo e ansiedade da solidão e da culpa. A premissa de que durante o carnaval aumenta-se a auto-estima, o humor e a alegria é uma utopia e não realidade. Neste período, o desgaste físico-emocional, psicológico e financeiro aparece em ordem crescente. Dados estatísticos também relatam crescimento na criminalidade em suas variadas dimensões: roubo, prostituição infantil, homicídios, morte no trânsito, suicídios, elevado índice de consumo de bebidas alcoólicas e outros tipos de drogas. Bem disse Jesus: “Larga é a porta que leva muitos à perdição” (Mt 7.13). De onde se conclui que a alegria, a euforia esquematizada, tão propagada pela mídia, resulta em lamentações e grande frustração. Como afirma o profeta Jeremias, em Lamentações 5.15: “Dos nossos corações fugiu a alegria; nossas danças se transformaram em lamentos”.

Quarta: A quarta-feira de cinzas chama-se assim porque é o dia em que cada pessoa, ao confessar os pecados, recebe uma cruz de cinzas na testa, como marca do perdão. Tal filosofia não passa de uma fuga ou de uma farsa. Primeiro porque o pecado cometido contra Deus, através da luxúria, da bebedice, glutonaria, imoralidade, blasfêmia, violência, idolatria, sodomia, prostituição e adultério, somente Deus é quem perdoa quando a Ele forem confessados de inteiro coração. O que se passa na quarta-feira de cinzas é um incentivo ao círculo vicioso para se pecar. Esta realidade é notória em muitas pessoas que brincam carnaval e na quarta-feira vão receber cinzas, sendo que logo depois da confissão e do pretenso perdão dos pecados, voltam os pensamentos para o futuro carnaval. Tal experiência não é aprovada por Jesus Cristo, pois num encontro, com a mulher pecadora, ao perdoá-la, foi peremptório em adverti-la: “Vai-te e não peques mais” (Jo 8.11). Esta fuga ou esta farsa da quarta-feira de cinzas tem levado muitas pessoas à ilusão e à perda da verdadeira comunhão com Deus. Carnaval é assim: livremo-nos dele.

NATANAEL MENEZES CRUZ

Pastor da PIB em Jaboatão dos Guararapes (PE)


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

Testemunho, a voz da fé



PDF Imprimir E-mail
Escrito por SYLVIO MACRI
12-Feb-2009

A vida cristã baseia-se em três pilares: a instrução, a oração e o testemunho. O crente precisa alimentar-se diariamente da Palavra de Deus, para ouvi-la e ser instruído por ela. Precisa também conversar com Deus várias vezes por dia, para reconhecer seu senhorio e falar-lhe das necessidades do momento. E precisa, igualmente, dar testemunho da graça de Deus em sua vida: perante todos os homens e perante a igreja. No primeiro caso, Deus fala com o crente; no segundo caso, o crente fala com Deus; e no terceiro caso, o crente fala com o seu semelhante (e Deus fala indiretamente com este último, através do crente).

E em todos os três casos, se procedermos da maneira correta, Deus estará sendo glorificado e louvado. Diante da Palavra, louvamos; em meio à oração, louvamos; e usamos o testemunho para louvar (elogiar) a Deus. Portanto, o nosso testemunho fala aos outros – a todos os que nos rodeiam e mesmo aos que estão distantes – e é a nossa maneira de comunicar-lhes a graça de Deus. E como toda comunicação, pode ter problemas, aquilo que os especialistas chamam de “ruído”, algo que impede que a pessoa que fala e a que ouve se entendam corretamente. Por exemplo, um barulho estranho no aparelho telefônico atrapalha a conversação, provoca erros de entendimento e até irritação.

Eventualmente pensamos estar mostrando aos outros como Deus nos transformou, e eles estão recebendo uma mensagem totalmente inversa, do tipo “para mim, esse aí não mudou nada”. O testemunho se dá através de palavras e atos e às vezes nossas palavras não combinam com nossos atos, e então a comunicação fica truncada. Há ocasiões em que pensamos estar “falando” no tom certo, mas a outra pessoa não está “ouvindo”, isto é, o nosso testemunho não está alcançando o seu coração, porque não está sendo exercido com amor e paixão.

Testemunhar é vital para a vida cristã. Na verdade é a maneira pela qual somos reconhecidos ou não como verdadeiros filhos de Deus, pois Jesus disse: “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.20). Além disso, não se trata de uma opção, isto é, o cristão não pode escolher entre ser testemunha e não ser, não pode deixar para ser testemunha apenas quando tiver tempo e oportunidade ou dizer que não tem “o dom de testemunhar”. A palavra de Jesus em Atos 1.8 é muito clara, é um imperativo: “Sereis minhas testemunhas”. Não existe alternativa, é ser ou ser. Ou, melhor dizendo, a única alternativa a esta ordem é desobedecê-la. E como tem sido desobedecida! Infelizmente.

A palavra que foi traduzida do grego (língua original do NT) para significar testemunha é “martir”. Esta palavra tornou-se tão importante na vida dos primeiros cristãos, que veio a ter um sentido especial: ser testemunha passou a ter o sentido de ser capaz de suportar as maiores provações por não negar o nome de Cristo, tais como ser preso, perder os bens, perder o direito de cidadania, ser separado da família, ser deserdado e até ser morto. Por isto hoje temos na nossa língua a palavra mártir, para designar alguém que é perseguido por abraçar uma determinada causa. Por exemplo, Tiradentes é chamado “o mártir da independência do Brasil”.

Entretanto, parece que os cristãos de hoje não estamos levando tão a sério essa missão de testemunhar. Falta-nos a urgência e a premência de cumprir a vontade daquele que nos amou e deu a sua vida por nós. Falta-nos a consciência de que aquele que deu a ordem é simplesmente o Rei dos reis e Senhor dos senhores; que há um risco muito grande em sermos indiferentes ou rebeldes nessa questão. Ainda mais que não se trata de uma ordem injusta ou estúpida.

Testemunhar é falar da nossa experiência pessoal; é, portanto, ser um exemplo vivo do poder transformador do evangelho, a única linguagem que os não crentes realmente entendem. E, além disso, Jesus não nos deu a ordem sem nos capacitar. Pelo contrário, ele nos energizou com o maior poder operante no mundo: o do Espírito Santo (At 1.8). Também nessa questão ele “não nos deixou órfãos”. Portanto, deixemo-nos tomar e ser usados pelo Espírito de Cristo, para testemunhar de sua graça e amor.

SYLVIO MACRI

Pastor da IB Central de Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro (RJ)

sylmacri@globo.comEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatsita.com.br

O reino de Deus dentro de ti



PDF Imprimir E-mail
Escrito por EDGAR SILVA SANTOS
12-Feb-2009

Jesus alertou seus discípulos para o fato de que o Reino de Deus não viria com aparato exterior. Seria instaurado no coração do homem, dominando-lhe a vontade, as inclinações, as emoções e sentimentos.

Este Reino incorpora a paz, a justiça e o perdão. É Reino de incontáveis mistérios, de infindáveis esperanças. É Reino que ameniza as durezas da vida, que destila alvor sobre as manhãs sem luz.

Não sei como estás hoje, o que fazes, que direção queres tomar. Não sei quantos anseios repousam em tua alma semivazia... Talvez teu coração soluce, soluce, soluce... a cada passo teu.

Talvez, ao estender a mão, não tenhas encontrado outra mão. Sabe, porém, que o Reino de Deus está dentro de ti, e se tens perdido a esperança, esta há de ser a tua esperança. Redescobre-a agora entre cânticos que exaltem o Deus de tua vida.

Há mais de dois mil anos, um homem empreendeu uma viagem para fundar um Reino. Este homem era Deus, mas não teve por usurpação ser igual a Deus. Transpôs a eternidade para armar, na dimensão do tempo, uma tenda humilde entre os homens. Foi um homem de dores, por isso entendeu as nossas dores. Partilhou de nossa mais profunda humanidade, levando sobre si nossos pecados e limitações temporais. Tudo isto para que fosse possível construir um Reino novo, singularmente diferente.

Este reino foi construído dentro de ti e todas as contas foram pagas, e rasgadas foram todas as cédulas escritas contra ti. Tuas maldições todas foram lançadas na cruz, em que foi supliciado o autor deste Reino.


Não é justo que cantes, que te alegres com alegria infinda, que teu coração sossegue e tua alma descanse?

Dirige a Deus uma oração silenciosa e plena de gratidão. Uma oração silenciosa há de fazer-te bem, bem mais que mil palavras. Orando, bendize ao amorável Senhor, que te fez outorga tão preciosa e te iluminou com as cores que iluminam a vida.

Orando, ergue o teu coração para Deus, para enaltecer Sua graça.

O Reino de Deus foi inaugurado em ti, já não és o mesmo!

Foste ligado à eternidade

E pela eternidade seguirás,

Sonhando o teu sonho verdadeiro,

Celebrando o amor daquEle

Que te amou primeiro...

EDGAR SILVA SANTOS

Pastor e advogado

Igreja Batista Luz do Evangelho, Manaus (AM)

edsaints2001@yahoo.com.br


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

O desabamento do teto da renascer



PDF Imprimir E-mail
Escrito por ISALTINO GOMES COELHO FILHO
12-Feb-2009

Os leitores são sabedores do evento e por isso não é necessário despender espaço sobre o aspecto físico do desabamento do teto de uma igreja da Renascer, em S. Paulo. Quero comentar alguma coisa sobre os desdobramentos do episódio e peço a sua reflexão como cristãos norteados pelos ensinos de Jesus e não como simpatizantes ou discordantes da citada denominação.

O frenesi com que a mídia se lançou ao evento, relembrando inclusive que os responsáveis pela seita neopentecostal cumprem pena nos Estados Unidos, era de se esperar. A mídia é hostil aos evangélicos. Mas é uma questão desfocada. O desabamento é um evento à parte da pena (justa, por sinal, porque os responsáveis transgrediram as leis daquele país). A associação do ato ilegal do casal com o acidente e as mortes das pessoas não tem conexão. Foi mais uma tentativa de trazer um aspecto negativo (a justa prisão) ao evento chocante, o acidente. Assim se carreou mais impopularidade para a Renascer. Uma atitude imoral da mídia. A prisão do casal e o acidente nada têm a ver um com o outro. Bem disse a episcopesa (ou episcopisa, mas nunca bispa) Sonia que havia mais gente preocupada em vender jornal e conquistar audiência que com a verdade. O desabamento das arquibancadas do estádio Fonte Nova e do estádio de S. Januário não tiveram esta cobertura. Em poucos dias estavam relegados ao esquecimento. E me ajudem: quem foi punido? O episódio da igreja está rendendo. Estão vistoriando os demais templos da Renascer e querendo impedir suas reuniões. Vistoriaram os demais estádios? Estão vistoriando boates, casas de espetáculos, quadras de escolas de samba? Se estão, ótimo. Se não, façam-no com o mesmo rigor.

A postura dos políticos evangélicos quando da tentativa de enquadrar os locais de reuniões públicas dentro de critérios de segurança estabelecidos pela municipalidade foi imoral. Eles se preocuparam em livrar as igrejas evangélicas do enquadramento, quando deveriam ter trabalhado não para livrá-las, mas ajustá-las a cumprir a lei. Um deles disse, inclusive, que defendia as igrejas evangélicas. E deu sua justificativa: 95% delas estavam irregulares e todas fechariam. É lamentável que igrejas deem mau exemplo, descumprindo a lei. Se estavam irregulares, que se regularizassem. Quando burlamos as leis perdemos a autoridade moral que vem da decência pública. Houve um tempo em que a igreja de Cristo, a verdadeira igreja de Cristo, não precisava de defensores humanos nem manipulava cordéis em bastidores. Ela confiava no poder de Deus e cumpria as leis que não conflitavam com a sua consciência cristã. Não podemos abandonar a ética, a retidão, a decência e o cumprimento das leis quando somos atingidos pela lei. A Universal do Reino de Deus, em 1997, apoiou José Serra em sua candidatura ao Senado. O pr. Ronaldo Didini, que na revista Cristianismo Hoje (dezembro2008/janeiro2009) diz que “A teologia da prosperidade é demoníaca”, na época defendia esta teologia e sua maior proponente, a Universal. Disse candidamente que Serra foi apoiado porque a igreja temia ser prejudicada em seus projetos (revista “Veja”, de 20.8.97). Para prosperar valiam a pena os conchavos políticos. Esta mentalidade continua. Para sermos beneficiados, mexam-se os pauzinhos...

Políticos evangélicos não devem ser despachantes das igrejas evangélicas, mas homens retos, íntegros, que ajam como cristãos na política. Que digam “não” a práticas políticas erradas. E que digam “não” a atitudes erradas das igrejas, quando estas quiserem se aproveitar deles e contornar a lei.

Há pastores que pulam de igreja em igreja, e mudam de doutrina conforme sua conveniência. Mas se mudam de cor eclesiástica e de posição doutrinária, continuam com a mesma visão de não entender que a ética ocupa lugar preponderante no cristianismo.

De repente, quando se pensa que as coisas já estão bastante tumultuadas e enfocadas de modo emocional, surge a episcopesa Sônia e ameaça os críticos, dizendo que eles serão perseguidos pela igreja. Leio sua palavra no Correio Braziliense (com “z”mesmo, em homenagem ao primeiro jornal brasileiro): “É bom não mexer conosco, ou nos levantaremos para perseguir nossos inimigos assim como nos perseguem” (Caderno Brasil, 26.1.9, p. 8). Que declaração lamentável! E o ensino bíblico que diz “A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas dignas, perante todos os homens” (Rm 12.17)? E Romanos 12.19: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados...”? E como fazer com Romanos 12.14: “Abençoai aos que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis”? O pr. Didini, quando da crise das tevês Record e Globo, disse que com eles não havia esse negócio de dar a outra face. Era olho por olho. Mas e o ensino de Jesus, tão claro, em Mateus 5.38-48?

Não podemos desprezar as declarações claras sobre ética e relacionamentos do Novo Testamento e seguir os impulsos carnais de líderes (como eu tenho os meus impulsos carnais, e luto contra eles). Pastores e demais líderes devem se colocar sob a autoridade das Escrituras. As igrejas e seus líderes estão debaixo da autoridade das Escrituras e devem agir em consonância com elas. Nossos impulsos, nossa maneira de agir, nossa vida, enfim, devem ser subordinados à Palavra de Deus.

Estão errados os que se aproveitam do evento para denegrir a imagem da igreja. Discordo dela em suas práticas (muitas delas antineotestamentárias) e em atitudes que não mostram o crivo da Bíblia estabelecendo o rumo. Mas apedrejá-la por este evento, não. No que ela errou, desprezando leis e transgredindo postura municipal, que seja criticada. Mas querer restringir sua ação, seu direito de expressar seu culto e tentar obstar outros cultos só por serem dela, está errado. E está errada a igreja, não só ela, mas todas as demais, que contornam leis, que elegem homens para facilitar sua vida, e que negaceiam os valores éticos, valendo-se de atalhos que nem sempre se mostram compatíveis com o caráter cristão.

Se a igreja é de Cristo, que aja como Cristo agiria. Cumprindo a lei, dando exemplo de moralidade, amando, e nunca odiando nem forçando situações. A igreja de Jesus precisa ser correta e depender, mais que de políticos, do poder e da graça de Deus. E deve ser modelo de cidadania. Nós devemos ser a luz do mundo. E se esta luz for trevas, quão grandes serão tais trevas!


ISALTINO GOMES COELHO FILHO

Pastor, colaborador de OJB

isaltinogomes@hotmail.com

EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

BILLY, THE CAT



PDF Imprimir E-mail
Escrito por CARLOS CESAR PEFF NOVAES
12-Feb-2009

Foi em Antônio João, município a 300km de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. O coordenador local do programa Bolsa Família, Eurico Siqueira da Rosa, cadastrou seu gato, Billy, para receber vinte reais mensais como complementação de renda. Acredita?

Descobriram a fraude com a visita de um agente de saúde à casa do suposto beneficiário. Ao chegar para saber por que o menino Billy Flores da Rosa não fizera a medição e a pesagem exigidas para os cadastrados, o agente surpreendeu-se com a informação, dada pela própria esposa do fraudador, de que o único Billy na casa era o gato de estimação.

Billy, o gato, pertencia a Eurico, o rato. E no cadastro do Bolsa Família recebeu sobrenome, data de nascimento, peso e tamanho para subtrair vintezinho por mês dos cofres públicos.
A criatividade dos larápios é de causar inveja a qualquer autor de novelas. Quando se trata de apropriação indevida, são poucos os que se igualam a políticos e funcionários públicos determinados a enriquecer sob a camuflagem dos cargos e mandatos que possuem.
A estrutura das redes de corrupção é montada e sustentada graças aos vínculos de cumplicidade entre chefes, subordinados, fiscais, policiais, juízes e todos quantos tenham vorazes interesses a serem saciados.
Como costuma dizer um amigo meu, nos esquemas públicos de corrupção só abre a boca para denunciar quem não está lucrando junto. O sistema de corrupção no Brasil é a própria Hidra de Lerna: quando se corta uma cabeça, nascem outras duas no lugar.
Fico imaginando quantos outros Billys encontraríamos, por exemplo, nos cadastros do INSS, só para nos restringirmos ao campo das aposentadorias forjadas.
Minha tese sobre a natureza da corrupção é simples: mantemos o espírito do conquistador. Porque não fomos colonizados, e sim conquistados, aprendemos a fazer como os primeiros habitantes deste país, surrupiando o que é de interesse coletivo para proveito meramente pessoal.
O cidadão de espírito conquistador tanto joga casca de banana no meio da calçada, pois não vê necessidade de cuidar do que está do lado de fora da sua porta, quanto desvia verbas que seriam utilizadas na compra de remédios para hospitais da rede pública.
Ao cidadão conquistador pouco importa se os vinte reais extraídos do Bolsa Família em nome do gato Billy poderia ajudar aos que vivem à beira da miséria. Não é assim que ele raciocina. O outro nunca faz parte das suas preocupações porque não tem rosto, não tem nome. O outro, sem rosto e sem nome, não existe.
Assim pensa Eurico. E assim pensam todos os ratos por trás dos gatos.
CARLOS CESAR PEFF NOVAES
Pastor da IB de Barão da Taquara, Rio de Janeiro (RJ)
http://carlosnovaes.blogspot.com

EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

CARNAVAL: lsso não é para quem é cidadão do céu



PDF Imprimir E-mail
Escrito por JOSÉ RICARDO PIMENTEL
11-Feb-2009

Mais uma vez o Brasil se prepara para o Carnaval e reafirma a entrega do mundo ao maligno e afronta o único e verdadeiro Deus. A festa mais popular do Brasil, o Carnaval, originalmente, era festa popular oriunda de ritos e costumes pagãos.

Caracteriza-se pela alegria falsa e pela eliminação da repressão e da censura, da liberdade de atitudes eróticas. Como espelho de uma sociedade decadente e dominada pelo misticismo, tornou-se uma festa religiosa onde os sambas enredo, na maioria, glorificam os deuses pagãos, entidades e orixás. Todo o desejo da carne se torna lícito, toda repressão e censura devem desaparecer.

Veja o que a Bíblia diz sobre quem e o que devemos imitar: “Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores” (1Co 4.16); “Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo” (1Co 11.1); “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1); “Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam” (Fp 3.17); “E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo” (1Ts 1.6); “Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de Deus que, na Judéia, estão em Jesus Cristo; porquanto também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os judeus lhes fizeram a eles” (1Ts 2.14); “Para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas” (Hb 6.12).

O caminho do cristão é inverso: ao encontrar com Cristo quem se converte ao Senhor passa pela experiência do arrependimento e começa a viver uma vida de alegria que não se resume a quatro dias.

Amado, fique com a certeza de que Jesus veio ao mundo para destruir as obras do Diabo (1Jo 3.8).

JOSÉ RICARDO PIMENTEL

Pastor da PIB Nova Jerusalém, Rio de Janeiro (RJ)


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

Canção para louvar a Deus



PDF Imprimir E-mail
Escrito por DEUCIR ARAÚJO DE ALMEIDA
11-Feb-2009

Texto bíblico: Êxodo 15.1-21

“Então Moisés e os israelitas cantaram esta canção a Deus, o Senhor” (v. 1).

A música na Igreja tem um papel muito importante na adoração a Deus. Ela geralmente expressa o sentimento da comunidade ou do indivíduo para com Deus e para com os irmãos.

A música tem o papel de discipulado/adoração. Ela ensina. O próprio Deus manda que Moisés escreva uma música e ensine ao povo para que ela fosse uma testemunha entre Deus e o povo (Dt 31.19).

Assim, a música na igreja tem o papel de louvar a Deus, mas também de ensinar e doutrinar.

O texto de Êxodo 15.1-21 é uma canção que foi feita diante daquilo que Deus fez ao seu povo. Moisés foi o primeiro homem que registrou uma música sacra. Esta é a primeira música registrada por Moisés, a segunda está em Deuteronômio 32.1-43. Tratemos desta que está registrada em Êxodo. O que ela tem a nos ensinar?

Moisés e o povo de Israel tiveram várias experiências com Deus e, logo após a travessia do Mar Vermelho, Moisés, Mirian e o povo de Israel se levantaram para louvarem a Deus com uma canção.

Moisés fez a letra e Mirian a melodia e a coreografia.

Uma canção de louvor é uma forma de se regozijar e reconhecer as bênçãos de Deus em nossas vidas. Ela precisa estar ligada a uma experiência pessoal com Deus, seja através da leitura da Bíblia, da oração, da meditação ou de uma experiência pessoal ou coletiva.

Algumas canções de louvor têm surgido por outros motivos e por outras fontes, por isso não refletem a Glória de Deus.

Para louvarmos a Deus precisamos ter uma experiência com Ele. Uma canção deve ser a expressão do meu coração para com Deus.

Vejamos alguns aspectos dessa canção: louvor pela vitória (v. 1); louvor pelo livramento/salvação (v. 2); louvor pelo reconhecimento de quem é Deus (Ele é forte defensor – v. 2; Ele é meu Deus – v. 2; Ele é guerreiro – v. 3; Ele é Senhor – v. 3; Ele é incomparável – v. 11; Ele é santo – v. 11; Ele é majestoso – v. 11; Ele é Rei – v. 18); louvor pelo seu amor (v. 13).

A canção de louvor deve exaltar a Deus e aquilo que Ele fez ou faz por nós. Ela deve ser clara e verdadeira.

Vemos algumas músicas gospel que têm vergonha de colocar o nome de Deus ou de Jesus em suas letras. Falam dele por código. A música de louvor a Deus deve expressar quem Ele é e o que faz por nós com todas as letras.

Muitas coisas se têm falado sobre a forma de adoração, se podemos dançar, fazer coreografia, etc. Alguns optam por severas proibições diante do louvor coletivo da igreja, outros exageram na liberdade de expressão e chegam a ser comparados com festa de rock ou até mesmo carnaval.

Podemos perceber neste texto, Mirian com um pandeiro tocando e as mulheres acompanhando e dançando. Neste contexto era algo espontâneo e alegre. Creio que este é o princípio que deve haver no louvor: espontaneidade e alegria.

Em 2Samuel 6.14 diz: “Davi, vestindo um manto sacerdotal de linho, dançou com todo o entusiasmo em louvor a Deus, o Senhor”. Neste texto também encontramos a dança como forma de expressar o louvor.

O Salmo 150.4 afirma: “Louvem o Senhor com pandeiros e danças. Louvem com harpas e flautas”. Este salmo, provavelmente, estava se referindo a Mirian. Danças e pandeiros tinham se tornado parte da cultura e adoração de Israel.

Podemos entender que estas danças no louvor eram expressões espontâneas e alegres e que nosso louvor deve ter estas características.

Devemos, com certeza, ter cuidado com algumas danças e expressões dentro da igreja, porque algumas delas não são expressões de louvor, mas, sim, autopromoção e até podem chegar ao nível da carnalidade. Creio que a orientação e discipulado na igreja é algo dinâmico e sempre necessário.

Precisamos louvar a Deus com alegria e zelo, creio que esta é a maneira adequada e bíblica.

A música para louvar a Deus deve ter características de uma experiência com Deus, deve louvar a Deus e reconhecer sua grandeza. Quem Ele é e o que Ele faz e deve ser cantada de forma alegre e contagiante.

Que Deus possa levantar pessoas em nosso meio para compor canções de louvor a Deus.

DEUCIR ARAÚJO DE ALMEIDA

Pastor Ministério de Louvor da IB Edificada na Rocha, Campo Grande (MS)

deucirphd@hotmail.com


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

O primeiro poeta evangélico do Brasil



PDF Imprimir E-mail
Escrito por EBENÉZER SOARES FERREIRA
12-Feb-2009

Como gosto de pesquisar, de me aprofundar no estudo de certos temas, descobri que o primeiro poeta evangélico de nossa pátria não foi aquele que julgávamos sê-lo.

O primeiro poeta evangélico brasileiro foi Antônio José dos Santos Neves, que nasceu em 1827, no Rio de Janeiro, e faleceu na mesma cidade no dia 25 de março de 1874.

Ele foi taquígrafo do Senado Federal, posição que, naquela época, era de grande prestígio. Foi figura pinacular, já como homem de letras, já como líder de sua denominação – a presbiteriana.

Ele contribuiu bastante para a hinódia evangélica, legando-nos hinos importantes. Em nosso Cantor Cristão, aparecem seis hinos de sua autoria. São os seguintes: 6, 96, 141, 153, 265 e 338.

O hino de número 6 é intitulado “Glória ao Senhor”. Aqui transcrevemos a primeira estrofe: A nosso Pai do céu, tributa lábio meu / Glória e louvor. A quem seu filho deu, / O qual por nós morreu. / A quem me prosto eu; glória ao Senhor!

Transcrevemos também a primeira estrofe do hino 96, intitulado “Deslumbrante”: Se nos cega o sol ardente, quando visto em seu fulgor, / Quem contemplará Aquele que do sol é Criador? / Patriarcas nem profetas o chegaram a avistar, / Nem Adão chegou a vê-lo, antes mesmo de pecar.

Antônio José dos Santos Neves foi um dos fundadores do jornal Imprensa Evangélica, em 1865. Sua esposa, que era professora, foi diretora da Escola Paroquial da Igreja Presbiteriana. Era também organista.

Santos Neves era um grande patriota. Em 1867, quando o Brasil guerreava contra o Paraguai, ele, para mostrar seu sentimento de patriotismo, publicou a obra Louros e Espinhos, editada pela Livraria Popular de Azevedo Leite, localizada no Rio de Janeiro. É um poema épico dedicado aos heróis da Guerra do Paraguai.

Davi Gueiros Vieira comenta sobre a obra: “Endereçado ao Imperador, conclamava-o a vencer seus inimigos não apenas os paraguaios, mas também os males brasileiros que faziam periclitar o trono pelo seu comportamento duvidoso”.

Santos Neves, como era mais conhecido o mencionado poeta, conhecia muito intimamente os parlamentares da época. Foi também funcionário da diretoria geral de obras públicas. Ao morrer, em 1872, era adido à Secretaria de Estado de Negócios da Guerra, assim nos informa Augusto Alves do Sacramento Blake, no primeiro volume de seu Diccionario Bibliographico Brazileiro (Typographia Nacional, 1883).

Agora, transcrevemos três estrofes do verso XVI, do primeiro poema do seu livro Louros e Espinhos. É intitulado simplesmente D. Pedro Segundo:

... Que culpa tens, oh rei, que o povo escolha,

Para legislar-lhe, quem melhor o dorso,

Sorrindo, lhe ate mais pesada carga?


... Que culpa tens, oh rei, que algumas vezes

O punhal assassino, violentando

Da liberdade a uma sacrossanta,

Abra passagem livre ao parlamento

À mão tinta de sangue fratricida,

Que vai seus crimes cancelas, firmando.

Intencional, sacrilégio perjúrio?

Que culpa tens, que súditos tão livres

Tutelados, se façam curvilíneos,

E íntimo foro até das consciências

Deleguem, nas recônditas aldeias,

Aos algozes da lei, que os escravizam?

Que culpa tens, oh rei, que os teus vassalos

A iniciativa própria desconheçam

E, a simples tributários reduzidos,

Os responsáveis vejam o futuro,

Impunes, lhes rasgar nas próprias faces

A magna lei jurada, que outorgou-lhes

Soberanos, grandíloquos direitos?

Mal haja a mão profana que não treme

Antes de erguer-te a irresponsável c’roa?


Santos Neves escreveu muitos hinos, sendo que 13 deles foram publicados pelo missionário Blackford, em Cânticos Sagrados, 13 foram publicados em Salmos e Hinos.

O historiador Vicente Themudo Lessa o denominou de “O cisne presbiteriano” (Anais da Igreja Presbiteriana, p. 118).

EBENÉZER SOARES FERREIRA

Secretário executivo da ABIBET, diretor geral do STB de Niterói (RJ)

ebnezersf@uol.com.br


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

Um mal chamado Teologia da Prosperidade



PDF Imprimir E-mail
Escrito por FRANCISCO HELDER SOUSA CARDOSO
12-Feb-2009

Deixando de lado os aspectos históricos e mais amplamente teológicos que envolvem a Teologia da Prosperidade, gostaria de convidar o nobre leitor a, de forma mais leve, tentar decifrar comigo parte do enigma que envolve este intrigante e avassalador fenômeno.

Quem nunca ouviu falar das promessas sedutoras de certas denominações que, como numa feira, oferecem de tudo, a todo preço, na tentativa de atrair a disputada clientela? Recentemente, um amigo do Distrito Federal, por e-mail, disse-me que quase batera o carro quando vira, em letras garrafais, na porta de uma dessas igrejas, o atraente apelo: “Aqui, dízimo apenas 6%”. Ali o movimento e empolgação dos “crentes” era, segundo ele, intenso! Acha engraçado? Também achei. De fato, “seria cômico se não fosse trágico”.

É exatamente aí que identificamos um grave problema: Todas as denominações sérias, que prezam pela pregação da sã Palavra, têm sofrido com o êxodo religioso dos “caçadores de milagres”. E não é brincadeira disputar com os pesados métodos de disseminação “doutrinária” de algumas delas, que se apossam, especialmente, de privilegiados momentos no rádio e televisão.

Vemo-nos, diante disso, desafiados a oferecer ao rebanho cristão alimento sólido para suas almas. Mas não é tarefa fácil. Não fosse a já raquítica disposição de cada um para, per si, encontrar a verdade madura, inalterada e fortalecedora, temos ainda que nos municiar para combater a pior das pragas: as malditas heresias (ou, ai de nós, os hereges!).

Heresias são, em termos simples, deturpações da verdade. Não simplesmente negação, mas uma violação ou alteração de seu real significado. As heresias financiadas pela Teologia da Prosperidade, como uma avalanche, têm soterrado as nossas igrejas, minado a inteligência de nossos fiéis, e castrado qualquer possibilidade de existência de mentes capazes de analisar criticamente os fatos, por mais simples que sejam.

As heresias normalmente se manifestam de forma sutil, vestidas em trajes familiares, burlando até as mentes cristãs mais piedosas e acuradas. Ficamos sem defesa. Como uma mortal dose de veneno que, uma vez ingerido, espalha-se paulatina e mortalmente pela corrente sanguínea, as deturpações bíblicas, uma vez acolhidas nos seios eclesiásticos, têm a capacidade de fazer ruir alicerces aparentemente inabaláveis, fadando-os ao iminente fracasso.

Claros exemplos são vistos nas igrejas movidas por “campanhas”. O número de campanhas (ativismo) na igreja evangélica brasileira para muitos tem sido sinal de vitalidade, quando na verdade é sintoma indiscutível de fraqueza. Se os pastores tratam os fiéis como consumidores, estes vão sempre procurar pelo mais conveniente (trânsito religioso). Daí as campanhas mirabolantes...

Outra estratégia destes é a intimidação persuasiva. É mais fácil lidar com um auditório amedrontado e “submisso” que, como marionete sem cérebro, empreende a busca diária pelas orientações dos seus manipuladores, para realização de atraentes e espetaculares “movimentos e atitudes de fé”. Acerca disso, faço coro com o pr. Ricardo Gondim, articulista da revista Ultimato, a fim de afirmar que “somente quando tivermos coragem de fazer teologia crítica seremos como a alvorada de uma bela manhã”.

Estão adestrando tolamente muitos dos nossos membros, ensinando-os a serem clientes cativos de uma igreja mercantilista. E, hoje, mais do que em qualquer outro momento, sofremos vendo o nosso Deus sendo negociado a preço irrisório. Pessoas se aproximam dEle não por seus méritos ou santos atributos, mas pelo que Ele pode dar... Uma mesquinha e medíocre relação de interesse.

Uma vez que tais líderes já venderam sua honra, alma e pudor, vendem ainda o pouco que, aparentemente, lhes resta: a Palavra de Deus. Esta é permutada por vergonhosos valores monetários, ambição maior dos pseudolíderes eclesiásticos.

E nós pensávamos que a Igreja Católica Romana, no tempo das indulgências, é que era perversa. Vemos, porém, que a Igreja Romana perde feio para os modernos mercadores da fé, que, além da “salvação”, vendem a cura de parentes, libertação de vícios, reconciliação com o amor rebelde, paz familiar, prosperidade empresarial e por aí vai... São mais opções que as do famoso mercado Ver-o-Peso, de Belém (PA).

Mas, o que dizer sobre tais líderes? Se fosse desafiado a numa palavra descrevê-los, indubitavelmente, diria: crápulas. Se fossem duas as palavras, diria também mercenários... Há uma gama de expressões cabíveis e perfeitamente aplicáveis a tais indivíduos. Mas paremos por aqui! Não vamos baixar o nível de nossos escritos.

Creio ser importante alertar a que não nos preocupemos demasiadamente com eles, pois, em pouco tempo, receberão de Deus seu “galardão”.

Como alento final, refrigera-nos a alma as palavras do próprio Jesus, alertando que esses e outros tipos de “joio”, que teimam em crescer no seio da seara do Senhor, serão, no devido tempo, definitivamente ceifados e, com justiça, aniquilados (Mt 13).

Qual seria, enfim, a resposta para todas essas inquietações? O pr. Ricardo Gondim, citado anteriormente, afirma enfaticamente que “não existe uma resposta pronta”. Acredito que sua intenção é provocar inquietação nas futuras gerações, fazendo-as repensar os alicerces basilares de sua fé.

Precisamos abraçar uma teologia séria, bíblica, mais crítica e consistente. E é necessário coragem para fazer isso, pois o auditório de nossas igrejas pode esvaziar-se... E conseguir posicionar-se serenamente diante disso é cada vez mais difícil; e tal sentimento é, pasmem, apenas mais um dos frutos dessa maldita teologia.

FRANCISCO HELDER SOUSA CARDOSO

Bacharelando em Teologia (FATEBE), presidente da Juventude Batista do Pará (JUBAPA)

fheldersc@yahoo.com.br


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

Esperança em Barack Obama



PDF Imprimir E-mail
Escrito por CLEVERSON PEREIRA DO VALLE Pastor da PIB em Artur Nogueira (SP) clever
11-Feb-2009

Image

Dia 20 de janeiro, mais de 2 milhões de americanos participaram da posse do presidente eleito Barack Obama e o mundo estava atento a este evento. Barack Hussein Obama é carismático, intelectual, jovem e, por ser negro, muitos têm afirmado que a luta de Martin Luther King foi vitoriosa com a sua posse.

O que me preocupa é a grande expectativa em torno de um único homem. Fala-se em retomada de crescimento e acordo entre as nações. Que ele é líder ninguém questiona, pois tem capacidade de influenciar e conquistou a simpatia não só dos americanos mas de grande parte do mundo.

O fato é que a nação americana está em crise, as relações internacionais estão estremecidas e todos estão apostando na liderança de Obama.

Na posse, Barack Obama disse em uma parte do seu discurso: “Neste dia nos unimos porque escolhemos a esperança e não o medo, a unidade como objetivo e não o conflito e a discórdia’’.

O que é esperança?

O Dicionário Aurélio define assim: “Ato de esperar o que se deseja. Expectativa, espera. Fé, confiança em conseguir o que se deseja. Aquilo que se espera ou deseja’’. Se depositamos a nossa esperança em um homem mortal, o que será de nós?

A Bíblia diz que nossa esperança está em Deus. “Uns confiam em carros, outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor’’ (Sl 20.7). Jesus Cristo é a esperança que a nação americana e todo o mundo precisa.

Tenho acompanhado pelos noticiários que o novo presidente dos EUA é cristão. Que ele siga os princípios da Palavra de Deus e desafie a todos a esperar em Cristo.

Que o Deus de esperança possa ser buscado e temido para todo sempre. Não espere nos homens, espere em Deus.

Concluo repetindo o profeta Jeremias: “Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor’’ (Lm 3.26).


CLEVERSON PEREIRA DO VALLE

Pastor da PIB em Artur Nogueira (SP)

cleversonvalle.blogspot.com


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

LEI OU GRAÇA?



PDF Imprimir E-mail
Escrito por DELANE SOUZA
11-Feb-2009

“Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por Cristo Jesus.” – João 1.17

Quem veio primeiro: a lei ou a graça?

À primeira vista e pelo exame do texto bíblico citado acima, somos tentados a deduzir que foi a lei. Porém, em Gálatas 3.17, lemos que a lei veio 430 anos após Abraão. Ou seja, de Abraão até Moisés há um intervalo de tempo no qual a lei ainda não fora dada. E se não imperava a lei, então imperava a graça. Portanto, Abraão viveu sob a graça.

Temos, com Abraão, a graça; com Moisés, a lei. Sucedendo a lei, temos, novamente a graça, com Deus Conosco – Emanuel – e a sua igreja.

Ao fazer estas considerações, desejamos abordar uma questão importante e fundamental para a vida cristã: o dízimo. Alguns, no afã de buscar uma justificação para a infidelidade na entrega dos dízimos, alegam que o dízimo pertence à lei e não à graça. Teólogos veem a raiz da doutrina do dízimo lá no Éden, quando Deus ordenou ao homem que lavrasse e guardasse o jardim e que dele poderia comer de todos os frutos, com exceção da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.16-17).

A palavra dízimo foi usada pela primeira vez em Gênesis 14.20: “…E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo”.

Ora, se o tempo de Abrão foi sob a graça, é justo reconhecer que a entrega do dízimo por Abrão foi, também, sob a graça. Então, o dízimo é da graça.

A lei, sucedendo a este primeiro período da graça, endossou a doutrina do dízimo. No último livro do Velho Testamento, Deus usa o imperativo e exige: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa…” (Malaquias 3.10a).

O apóstolo Paulo, em Gálatas 3.23-29, apresenta a lei como um aio. Era um escravo ou empregado, que tomava conta do filho do seu senhor. Agia como uma espécie de tutor, cuidando, inclusive, da sua educação. O aio era dispensado quando a criança alcançava a maioridade. A lei, como um aio, durante sua vigência, serviu para conduzir o povo a Cristo, a fim de que, pela fé, fosse justificado (Gl 3.24). “Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. Pois todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3.25-26). O aio (a lei) cumpriu sua missão. Alcançamos a maioridade e o aio foi substituído pela graça, com a vinda de Jesus Cristo, o Verbo encarnado: “Pois, Cristo é o fim da lei para todo aquele que crê” (Rm 10.4).

O período da lei durou de Moisés a João, conforme Lucas 16.16: “A lei e os profetas vigoraram até João; desde então é anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem forceja por entrar nele”.

Graças a Deus que estamos debaixo de Cristo e não debaixo da lei!

Repetimos, o dízimo é da graça e não da lei. A fidelidade na entrega dos dízimos é uma prova de obediência e gratidão a Deus por sua inefável graça.

DELANE SOUZA

Diácono da PIB de Vitória (ES)


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br