segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Por que vou às assembleias da Convenção Batista Brasileira?



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Escrito por IRENIR MONTELO FERREIRA JORGE
05-Feb-2009

Com a graça de Deus estive em Brasília participando da 89ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira e, como sempre, os sentimentos são diversos. Os cultos têm sido uma inspiração para mim. Foram mensagens de Deus para o meu coração. Tenho certeza de que Deus falou a todos os presentes. Presentes que se dispuseram a ouvir.

Sempre participo das assembleias da CBC (meu campo) e da CBB. Muitos acontecimentos durante as sessões em forma de culto, principalmente, chamam-me à atenção. Vão às assembleias das convenções, em sua maioria, líderes eclesiásticos e que tanto pregam nas suas igrejas a reverência na hora dos cultos. Fiquei impressionada com a falta de respeito às pessoas que falavam ou cantavam na plataforma. Vi muitos passeando no meio da plateia; iam e voltavam como se estivessem passeando ao ar livre. Outros estavam no extremo esquerdo e enxergavam um conhecido no extremo direito. O que faziam? Saíam do seu lugar e iam abraçar seu conhecido passando no meio das pessoas, distraindo-as do que estava acontecendo. Por várias vezes fiquei encolhendo as pernas para idas e vindas desses amados irmãos e irmãs.

Fiquei pensando: Como são esses líderes em suas igrejas? Agem assim quando outros falam no púlpito? E o exemplo, como fica? E o respeito às coisas de Deus e ao próximo? Temos consciência de que os liderados estão avaliando o nosso comportamento o tempo todo. Certa vez ouvi de uma pessoa a seguinte frase: “A Igreja tem a cara do seu pastor”. É verdade. Quando a igreja não entende sobre reverência nos cultos a responsabilidade, em muitos casos, é dos líderes que também não entendem e, consequentemente, não praticam.

Gostei de cultuar no domingo, dia 18, no templo da Igreja Memorial Batista em Brasília. Que culto! Organizado, disciplinado, solene, reverente. Que silêncio na hora da pregação da Palavra! Assim fica fácil ouvirmos Deus falar através das mensagens cantadas, lidas e expostas pelos servos oradores. Seriam muito mais proveitosos os cultos das assembleias se todos estivessem com esse espírito. Espírito de servo para ouvir as ordens do seu Senhor.

Em um dos dias, uma pessoa estava com seu notebook acessando a internet durante uma das pregações. Imaginei que estivesse digitando as palavras do orador, os textos bíblicos, mas na hora que fomos convidados a ficar em pé para cantarmos percebi que minha imaginação estava diferente da realidade. A pessoa estava fisicamente sentada na cadeira, mas alienada dos acontecimentos naquele momento.

Estou escrevendo sobre isso para levar os líderes da denominação batista a uma reflexão sobre os seguintes questionamentos: Por que vou às assembleias da CBB? Vou para fazer turismo na cidade? Vou para cumprir uma agenda somente? Vou porque a igreja está custeando a viagem? Vou para encontrar amigos de outros estados? Ou vou porque quero uma denominação melhor? Estou interessado nos assuntos a serem expostos nas sessões deliberativas e quero compreendê-los para cooperar em vez de reclamar?

Temos grande responsabilidade com esta denominação. Não somos batistas por um acaso. Temos convicções a serem defendidas. As nossas igrejas precisam de líderes comprometidos com esta denominação para que as mesmas se sintam encorajadas a participarem das decisões tomadas em todas áreas e aprendam a amar, orar e cooperar com missões nacionais, mundiais, nossos seminários etc...

O líder precisa de uma macrovisão do trabalho de Deus, através da denominação batista, para que passe essa visão para sua igreja. Talvez seja por isso que muitas de nossas igrejas têm visão afunilada da obra divina. Não são operosas nas ofertas e nos dízimos, no amor para com as almas perdidas, na preocupação com os missionários que deixam tudo para cumprir a vocação divina, e até mesmo com o trabalho local.

Deus nos pedirá contas do que fazemos e do que deixamos de fazer. Somos escolhidos por Ele para liderarmos, o que é um privilégio, porém, quanto maior o privilégio maior a responsabilidade.

Não colocarei neste artigo nenhum texto bíblico, como faço costumeiramente, porque, afinal, os leitores de O Jornal Batista são conhecedores da nossa regra de fé e prática.

Que possamos ser líderes comprometidos com Deus em todas as horas e em todos os lugares.

IRENIR MONTELO FERREIRA JORGE

Membro da PIB Fazenda Bofafogo, Rio de Janeiro (RJ)


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

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