segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Uma pedagogia da crise



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Escrito por OSWALDO MANCEBO REIS
03-Feb-2009

A turbulência financeira global, desencadeada em meados de setembro de 2008 por uma crise localizada norte-americana, sugere algumas reflexões. Na filosofia chinesa, por exemplo, dois são os ideogramas para expressar as ideias contidas na palavra crise: perigo e oportunidade. O ideograma, para significar perigo, é menor do que o outro que representa oportunidade. Assim, em tempos de crise, os riscos e ameaças que assustam devem ser menores do que as oportunidades que acenam e sorriem. Então, há duas maneiras de enfrentar crises:

NEGATIVAMENTE

Assim, associamos outras palavras à palavra crise, mas numa perspectiva sombria: Conflito, Ruína, Indignação, Sofrimento, Engodo. Conspiração, Revés, Infâmia, Sofisma, Esgotamento. Caos, Rivalidade, Insolvência, Sadismo, Escárnio. Que melancólicas constatações! Que resultados tristes! Por isso que o mais fundamental é romper a crise em termos de aprendizagem e crescimento. Crise é um tempo aparentemente anormal que desafia ao melhor. Portanto, esta é a outra forma de confrontar a crise:

POSITIVAMENTE

Então, com as mesmas letras fazemos outras associações de palavras, mas numa perspectiva triunfante: Criar, Renovar, Inovar, Selecionar, Economizar. Confiar, Relacionar-se, Integrar, Solucionar, Evoluir. Cristo, Redenção, Iluminação, Segurança, Esperança.

Crise é uma posição num patamar com chance tanto para descer quanto para subir. Queda ou elevação. Declínio ou ascendência. Perigo que assusta; oportunidade que acena. É o sinal da velha sabedoria chinesa que representa a palavra crise por dois símbolos gráficos: um significa perigo, e o outro oportunidade. Então vale a pena considerar estas palavras que derivam da infinita sabedoria divina: “Quem é fraco numa crise, é realmente fraco” – Provérbios 24.10. A maneira de reagir é que faz a diferença, como observa Larry Coy, pastor e psicólogo, em seu manual “Conflitos da Vida”, p. 2: “A questão essencial não é o que está acontecendo comigo, mas sim como eu reajo ao que Deus já sabia que me aconteceria. Se eu reajo a uma certa situação baseado apenas na minha maneira de pensar e sentir, daí resultam ainda mais conflitos. Se eu reajo à situação do ponto de vista de Deus, o resultado é uma conformidade à imagem de Jesus Cristo”.

Alguém já observou que crise se escreve sem s: CRIE. Foi assim com todos os progressos das civilizações. E Jesus foi o maior especialista em confrontar situações de crise de um modo triunfante. Jesus foi o campeão, campeoníssimo dessa arte de transformar aparentes derrotas em verdadeiras e grandes vitórias. Transformou a maior crise da história na maior vitória de uma crise: a cruz, antes sinal de maldição, ele a reverteu em símbolo de redenção. Portanto, sejam quais forem as crises, além de objetividade e determinação; comprometimento e perseverança; fé e esperança, é fundamental buscar segurança e paz em “Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e eternamente” – Hebreus 13.8. Só Ele tem todo o poder para converter qualquer desesperança na mais viva esperança.

OSWALDO MANCEBO REIS

Pastor


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

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