segunda-feira, 16 de março de 2009

O verdadeiro epicentro da atual crise



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Escrito por ELI FERNANDES DE OLIVEIRA
02-Mar-2009

Quais as verdadeiras razões da crise que afeta hoje as instituições no mundo todo? Tentamos responder, denunciando a ausência deliberada de Deus nas negociações humanas. E quanto à igreja? Permitirá ela sujeitar-se a esses desvalores, a essa interpretação que ora é dada aos acontecimentos?

Cremos que é chegada a hora de consentirmos, isto sim, que Deus esteja presente, que interfira em nossas escolhas, assumindo o governo de nossas vidas, dinheiro e bens.

Há tempos, homens e mulheres de Deus, sérios, vêm fazendo admoestações sobre a gravidade da inversão de valores nessa “era do ter”. Ora, é sabido que o epicentro dessa crise não é de natureza apenas bancária, ou problema do governo americano, como inicialmente asseverou o próprio Presidente Lula, em pronunciamento imponderado. Tampouco é consequência circunscrita às questões ligadas à especulação nos mercados imobiliários dos Estados Unidos. Será que é impossível reconhecer que a atual crise mundial é, focadamente, de princípios? Estamos vivendo a época da autodestruição da Humanidade, evidenciada com a negação dos valores de Deus.

Contudo, conforta-nos, por outro lado, constatar que, tanto nas Escrituras Sagradas quanto na própria História, os tempos de colapso, de tensão, legaram de alguma forma, em si mesmos, a semeadura do renovo, da restauração.

Ficou famosa a entrevista dada por Anne Graham Lotz, filha do grande evangelista do séc. XX, Billy Graham, respondendo à pergunta de Jane Clayson, apresentadora do Early Show, “como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer?” (referindo-se à queda das torres gêmeas em Nova York, no dia 11 de setembro), quando disse: “Por muitos anos, nós, americanos, temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, para sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Ele calmamente nos deixou...”. É no mínimo estranhável reconhecer que pessoas preferem prescindir de pensar e, cômoda e irrefletidamente, optar por culpar Deus por todos os males que lhes sobrevêm, enquanto seguem “sem entender por que o mundo está indo a passos largos para o inferno”.

A “bolha do mercado imobiliário” não é causa, mas efeito, consequência. Sem Deus, a felicidade é triste e cegamente medida pelo dinheiro, e o amor a ele constitui-se na “raiz de todos os males”. Essa terrível inversão do “ser” pelo “ter” deu, ao chamado capitalismo selvagem a sensação de “tamanho poder de compra” que lhes permitiria negociar até a própria alma!

A Bíblia afirma que “onde estiver o vosso tesouro, aí também estará o vosso coração”. Onde estará, pois, o coração do chamado “povo de Deus”? É chegada a hora de permitirmos, sim, que Deus interfira em nossas escolhas, assumindo o governo de nossas vidas e de tudo que possuímos.

Se nosso tesouro estiver guardado no Senhor, nossa casa estará sendo construída sobre a Rocha, ainda que não imune aos efeitos das bolhas especulativas da desconfiança, da falta de credibilidade dos políticos e religiosos deste tempo. Seremos, contudo, capazes de encarar e suportar os temporais. Deus estará conosco, mesmo passando “pelo vale da sombra da morte”! Ele poderá estar presente nas crises, nas fornalhas, nas covas dos leões da vida, para nos dar a saída! E, se de graça recebemos, então, de graça demos. Ele nos assiste para que jamais nos faltem os recursos de que carecemos, para testemunho da dignidade de nossa fé nEle!

Chega de ver o chamado “povo de Deus” em mendicância espiritual. Aliás, como bem ainda argumenta Anne Graham Lotz na mesma entrevista supracitada, “crendo em tudo que os jornais e as TVs dizem, e duvidando do que a Bíblia afirma.”

ELI FERNANDES DE OLIVEIRA

Pastor da IB da Liberdade, São Paulo (SP)


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

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