sábado, 18 de abril de 2009

A família cristã e a questão financeira



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Escrito por SYLVIO MACRI
02-Apr-2009

A vida do mundo atual tem produzido muitas necessidades para a família. Algumas são reais, outras, falsas. Educação, saúde, alimentação, vestuário, transporte e lazer fazem parte da preocupação diária de qualquer família brasileira. Também não se vive mais sem o conforto da eletricidade, do gás de cozinha, dos eletrodomésticos e dos produtos industrializados. Além disto, é praticamente impossível se locomover sem o uso de ônibus, trem ou automóvel. Por outro lado, a propaganda veiculada em meios de comunicação poderosos, como a TV, cria nas pessoas desejos e expectativas que frequentemente não correspondem às suas reais necessidades e possibilidades.

Desta forma surge a tensão entre aquilo que queremos - mas que nem sempre necessitamos - e aquilo que podemos adquirir de fato sem incorrermos em endividamento. Esta tensão é agravada pelo baixo poder aquisitivo das pessoas em geral. As empresas de crédito participam desta cena, que prenuncia uma tragédia, oferecendo empréstimos e cartões de crédito praticamente a qualquer pessoa que tenha alguma renda, por menor que seja.
Pesquisadores têm dito que a maior causa de separação de casais no Brasil é a incapacidade de um dos cônjuges, ou ambos, administrarem suas finanças ou as da família, principalmente quando também há desemprego. Sem dúvida este também é um problema para as famílias cristãs, mas elas têm ao seu dispor recursos que lhes permitem alcançar a vitória nestas situações.
O primeiro destes recursos é a prática do dízimo. Não espere o lar cristão ter sucesso na administração de suas finanças se deixar de entregar o dízimo. Pelo contrário, pode aguardar dificuldades permanentes e crescentes. Veja o que disse um dos profetas do Velho Testamento a este respeito: “Tendes semeado muito, e colhido pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para o meter num saco furado” (Ageu 1.6). Entretanto, Deus promete abrir as janelas do céu para o dizimista fiel (Malaquias 3.10).

O segundo destes recursos é a espiritualidade. A família cristã não deposita suas esperanças em bens e recursos deste mundo. Suas expectativas de sucesso não estão limitadas a esta vida (Lucas 12.31-34). O lar cristão sabe que não são roupas bonitas, eletrodomésticos, aparelhos sofisticados, alimentação cara e colégios pagos que tornam uma pessoa melhor. Quem faz isto é Jesus. Não quero dizer que não possamos ou não devamos ter estas coisas, mas sim que elas não devem se tornar fonte de ansiedade e perturbação caso não seja possível para nós tê-las. Devemos ser mordomos conscientes do nosso dinheiro.
Um terceiro recurso de que a família cristã dispõe é a comunhão que repousa sobre a fé em Cristo, o ensino e a meditação da Palavra de Deus, a oração e o compartilhamento das necessidades e problemas. Num lar onde o Senhor Jesus é o cabeça há compreensão, harmonia e cooperação e não desavenças e conflitos em virtudes de dificuldades que sempre aparecerão, sejam financeiras ou não. Na família cristã todos trabalham e lutam para o bem comum movidos pelo amor que Deus derramou abundantemente em seus corações pelo Espírito Santo (Romanos 5.5). Além disto, todos compartilham dos problemas de todos sem egoísmo ou particularismos (Filipenses 2.1-5).
Infelizmente, muitas famílias de nossas igrejas têm tido problemas financeiros e, quando observamos bem, verificamos que, na maioria das vezes, não estão dando o dízimo. Assim, quase sempre é possível fazer um paralelo entre o tempo em que estão em dificuldades e o tempo em que não têm entregado o dízimo. Porém, mesmo famílias que são dizimistas estão “gastando o dinheiro naquilo que não é pão” (Isaías 55.2), num consumismo desenfreado, pois seus principais valores se tornaram materiais. Além disto, tais famílias não estão reservando tempo para ter comunhão com Deus e uns com os outros, o que faz com que não se entendam sobre as questões familiares, inclusive as financeiras.
Contudo, toda esta situação pode ser solucionada caso sejam usados os três recursos acima citados. Felizmente, são usados na maior parte dos lares cristãos, que, desta forma, tornam-se exemplos de solidez financeira para todos.
SYLVIO MACRI
Pastor, colaborador de OJB

EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

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