sexta-feira, 1 de maio de 2009

Pecados são como flunfas



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Escrito por JOSIMAR DE ASSIS ROQUE JÚNIOR
23-Apr-2009

Você sabe o que é flunfa? É o nome técnico da sujeira que se junta no umbigo, oriunda de tecidos, fragmentos de pele morta, gordura, suor e poeira. E como sabemos disso? Alguns especialistas estudaram umbigos por três anos para descobrirem a existência de uma espécie de pelo que atrai fiapos de algodão para o umbigo.

O químico Georg Steinhauser, que dirigiu o estudo, fez a descoberta após analisar cuidadosamente 503 fiapos que retirou do próprio umbigo. Diz o estudo que os pelos que as pessoas têm espalhados pelo corpo, principalmente ao redor do umbigo, possuem escamas que, para o químico, funcionam como pequenos ganchos que prendem a sujeira que desce pelo corpo durante um dia inteiro, muitas delas oriundas dos cabelos. Parece um absurdo, mas temos pelos que preferem recolher e acumular a sujeira do corpo. Minhas filhas diriam: - Ai que nojo!

Entretanto, deixadas especulações e ironias à parte, parece que os pecados são assim, como as flunfas. Eles vão se acumulando ao longo do dia sem que os percebamos, infiltrando-se em regiões aparentemente escondidas e protegidas e, de repente, quando menos esperamos, lá estão eles, aglutinados, formando uma mescla de pequenos ou grandes pedaços de mentira, discórdia, ira, orgulho, engano etc.

Parece que Tiago já sabia disso há quase 2 mil anos, quando escreveu que “cada um (...) é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ter se consumado, gera a morte” (Tiago 1.14 e 15 - NVI). Pedaços de morte e sujeira é o que o pecado recolhe e acumula em nossas vidas.

Interessante é que retiramos as flunfas de nossos umbigos e as descartamos bem quietinhos, pensando que os outros vão achar que não tomamos banho. Porém, como é bom quando elas estão nos umbigos dos outros e então podemos ironizar que são eles os “porquinhos”. Ah! Os pecados...

Na pesquisa referida acima, há o curioso caso de Graham Baker. O médico australiano coleta constantemente amostras de flunfas e as guarda em potes desde 1984. O costume lhe rendeu um lugar no Guiness Book: a maior coleção de flunfa do mundo.

Como está nossa coleção? Como cristão, fico muito preocupado com o engano que eu mesmo exerço sobre a minha vida, quando tendo a esconder alguns fiapos de pecados e imagino que nunca ficarão aparentes ou serão revelados. E como é difícil olhar para o próprio umbigo.

Senhor! Não quero fazer parte do livro dos recordes, mas quero ter a certeza de que, mesmo que eu não possa negar que sou pecador, o sangue de Jesus Cristo me purifica de todas as “flunfas”. Ajuda-me, Senhor, a enxergar mais e a apontar menos.

Que Deus nos abençoe!

JOSIMAR DE ASSIS ROQUE JÚNIOR

Pastor da Igreja Batista Central de Rio Claro (SP)

josimaribc@gmail.com


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

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