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Escrito por NADJANE BARBOSA MIRANDA | |
11-Feb-2009 | |
Quando vemos notícias na televisão e nos jornais sobre pessoas que precisam de transplantes de órgãos ou com doenças graves que necessitam de transfusão de sangue, temos a sensação de uma realidade bem distante e nunca pensamos que pode acontecer conosco ou com um familiar próximo. Infelizmente, ninguém está imune a uma situação dessas e em algum momento de nossas vidas teremos que lidar com a decisão de ser doador ou encontrar doador para alguém querido ou para nós mesmos. Talvez essa seja uma aplicação bem concreta do “amar ao próximo como a si mesmo”. Em caso de acidentes ou doenças graves, nosso corpo pode não produzir células do sangue em quantidade suficiente às necessidades e a vida fica em risco, sendo necessárias transfusões de sangue ou de algum de seus componentes. Ainda não somos capazes de produzir o sangue em laboratórios ou produzir substâncias que possam substituí-lo e dependemos de pessoas que decidem sair de sua rotina e doar sangue. A doação deve ser altruísta, voluntária, não remunerada e anônima. Não há risco para o doador, o material de coleta é totalmente estéril e descartável e as equipes dos bancos de sangue estão preparadas para atender e orientar os candidatos. O doador deve ter entre 18 e 65 anos, ter mais de 50kg, estar com boa saúde e comparecer ao banco de sangue com documento de identificação com foto (identidade, carteira de motorista, carteira de trabalho ou similar).
O Brasil se destaca por possuir um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos do mundo, o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), criado em 1997, com 548 estabelecimentos de saúde e 1.354 equipes autorizadas a realizar transplantes. As filas de pessoas aguardando um transplante só aumentam a cada dia e o tempo corre contra essas pessoas. Muitas delas morrem antes de conseguir um doador compatível. O passo principal para se tornar um candidato a doador de órgãos é deixar claro tal desejo junto à sua família. Não é necessário deixar nada por escrito. A doação só acontecerá em caso de morte encefálica. Na prática, significa que a pessoa já morreu e em pouco tempo os outros órgãos deixarão de funcionar, mesmo com todos os cuidados médicos. O diagnóstico tem que ser feito por, no mínimo, duas equipes diferentes da que cuida do paciente/doador e é preenchido um protocolo com os resultados dos testes assegurando a morte encefálica. Nós, cristãos, fazemos parte do melhor grupo de doadores: pessoas que praticam o sexo dentro do padrão de Deus, não abusam de álcool e medicamentos, não usam drogas ilícitas e cuidam do seu corpo como templo do Espírito Santo. Ressuscitaremos com um novo corpo glorioso e incorruptível e esse corpo terreno continuará ajudando outras pessoas, mesmo após nossa morte. Doe vida!
NADJANE BARBOSA MIRANDA Médica hematologista, membro da IB Nova Alvorada, Feira de Santana (BA) EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br |
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