sexta-feira, 1 de maio de 2009

A importância da educação cristã na igreja local



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Escrito por ELI DA ROCHA SILVA
29-Apr-2009

Texto baseado nas passagens de Neemias 8.1-12 e Mateus 28. 19 e 20.


A importância do ensino da Palavra no contexto do Antigo Testamento


No livro de Neemias podemos observar a importância do ensino da Bíblia (muito embora ainda não existisse esse conceito) quando notamos que o povo se reuniu para a ouvir.

É interessante que houvesse real interesse pelo livro da lei, pois o texto diz: “E disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha ordenado a Israel” (Neemias 8.1).

Para que a Palavra de Deus traga resultado para a vida é necessário que as pessoas se reúnam em torno dela, que as pessoas tenham alguém para lhes ensinar e que desejem ouvir.

A Palavra não é discriminadora, pois seus ensinos são para homens mulheres e para todos que a possam entender. Deve-se dar grande importância à expressão entender, pois é isto que faz alguém mudar.

Qual o melhor lugar para se ensinar as Escrituras? No caso de Esdras na praça em frente das portas das aguas (Neemias 8.3). Já com Filipe, na carruagem do servo etíope. Em nosso caso podemos ensiná-la na empresa, nas esquinas ou nas dependências da igreja. Todo lugar é adequado.

Quem pode ensinar e qual o tempo adequado? Esdras era escriba, logo sabia o que estava falando. Assim como Esdras havia outros que tinham capacidade e conhecimento para ensinar, pois eram levitas (Neemias 8.8 e 9). Quanto ao tempo de estudo é dito que eles foram instruídos da alva ao meio-dia, isto é, das 6h às 12h.

Além disso, é necessário destacar a postura dos que receberam os ensinos da Palavra de Deus naquele dia: “E os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei” (Neemias 8.3).

Deve-se salientar também que a leitura do livro da lei trouxe comoção geral: “O povo chorava ouvindo as palavras da lei” (Neemias 8.9). O povo pode perceber o quanto havia errado contra Deus.

Entretanto, aquele dia de leitura da Palavra de Deus devia ser de alegria e não de choro, era dia de se contar que “a alegria do Senhor é a vossa força” (Neemias 8.10)


A importância do ensino da palavra no contexto do Novo Testamento


Jesus desejava que sua igreja fosse uma entidade didática. A religião que fundou é uma religião de ensino. Este fato está explícito na grande comissão, em todas as partes convocam para um programa de educação e instrução.

Neste programa o processo de fazer discípulos é o primeiro passo. A própria palavra discípulo significa aprendiz e, por conseguinte, invoca um processo educacional. Não existe melhor maneira de fazer discípulos do que ensinar a verdade que é Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14.6).

O segundo passo é o batismo dos discípulos (integração). O próprio batismo é um instrumento visual no ensinamento do poder salvífico da morte, do sepultamento e da ressurreição de Cristo. Esse ato simbólico deve ser interpretado e esclarecido para todos os candidatos ao batismo.

O estágio final do programa de educação e treinamento é um processo contínuo - a saber, ensinar os discípulos a praticarem o que Jesus mandou. Isto requer um programa que envolve todos os membros da igreja. A conversão e o batismo não são o final do processo, pelo contrário, marcam o seu início. O batismo deve ser seguido por um programa contínuo de educação, caso contrário os convertidos permanecem bebês em Cristo e as consequências serão sérias para eles, para a igreja e para a causa de Cristo. Cometemos um erro grave quando supomos que a grande comissão trata apenas da conversão. Esta é somente a sua parte inicial.


A importância de organizar na igreja um programa de educação cristã


A educação religiosa tem como base o conceito de que Deus se revela como verdade infinita e que o ser humano é capaz de conhecê-lo em parte, mesmo que no aspecto da redenção. Isso deve levar a pessoa humana a crescer na graça e no conhecimento de Cristo até alcançar o pleno conhecimento da verdade.

A educação religiosa tem por objetivo a formação de uma consciência que oriente a conduta do cristão à luz da Palavra de Deus, o seu desenvolvimento de modo a reproduzir nele o caráter de Jesus Cristo, na adoração, no comportamento ético, em todos os aspectos do seu viver e na submissão ao propósito redentivo do amor de Deus (Gálatas 4.19).

O objetivo final da educação religiosa é levar o educando a alcançar a plena maturidade como ser humano criado à imagem e semelhança de Deus.

A educação religiosa, ou cristã - como prefere a CBB - tem duas divisões importantes: divisão de Escola Bíblica Dominical (EBD) e divisão de crescimento cristão.

A divisão de EBD cuida da integração, da formação e da busca da maturidade de cada crente, tendo como ponto de partida o seu nascimento espiritual.

Muitos afirmam que a EBD deve ter caráter evangelístico, muito embora penso que a função dela seja formar discípulos já alcançados (Mateus 28.20). Quanto ao evangelismo, as igrejas têm departamentos próprios para este tipo de trabalho (Mateus 28.19).

Então reafirmo que a EBD trabalha com os alcançados pela evangelização. Mas não é demais dizer que, na ministração das aulas, o professor pode, e deve, levar os seus alunos a uma decisão ao lado de Cristo.

Para terminar afirmo que a EBD, na sua função formativa do caráter cristão no novo aluno, precisa ter no seu quadro docente pessoas qualificadas para o ensino (Romanos 12.7).

Que Deus nos abençoe.

ELI DA ROCHA SILVA

Pastor da IB em Jardim Helena, em Itaquera (SP)

elirocha.pr@ibest.com.br


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

Mutilaram a grande comissão



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Escrito por LÉCIO DORNAS
29-Apr-2009

A chamada grande comissão designa o supremo mandado do Senhor Jesus dirigido aos seus discípulos nos momentos que antecederam sua ascensão. Foram palavras fortes e firmes, pronunciadas, creio, com serenidade e seriedade.

Uma possível análise do conteúdo da grande comissão é a que parte de seus verbos, pois, como se trata de um mandado, a indicação da ação pretendida é dada pelos verbos ir, pregar, batizar e ensinar. Na verdade, por estarem no presente contínuo da língua grega, estes verbos ficam mais precisos caso sejam colocados no gerúndio: indo, pregando, batizando e ensinando. Assim, é bem mais consentâneo com a ideia da igreja peregrina (pairokia ): enquanto a Igreja segue sua peregrinação neste mundo vai pregando o Evangelho do Reino, chamando os convertidos ao compromisso do batismo e os discipulando através do ensino da Palavra de Deus.

Ir é viver, pregar é testemunhar, batizar é comprometer, ensinar é amadurecer. Desta forma, Jesus Cristo expôs sua visão para a Igreja que acabara de edificar: a Igreja de Jesus existe para peregrinar. Enquanto peregrina, segue testemunhando do seu Senhor. Á medida que seu testemunho reverbera nas vidas, a Igreja integra-as e compromete-as pelo batismo, tudo isso sem descuidar do ensino das Escrituras, por meio do qual a mente de Cristo vai sendo formada nas pessoas. Como é linda e relevante a visão de Jesus para a sua Igreja!

No entanto, a manutenção da integridade da grande comissão é condição sine qua non para que a Igreja seja essa potência maravilhosa, movida por graça e amor, sonhada pelo Senhor Jesus. Ou seja, é preciso colocar para funcionar a força dos quatro verbos. Privilegiar ou ignorar qualquer deles resulta comprometer toda a visão e, assim, a própria ação histórica da Igreja.

E aqui chegamos a uma realidade muito triste no cenário da Igreja de Jesus no Brasil em nossos dias: mutilaram a grande comissão retirando dela, na práxis da Igreja, o mister educacional. Por difícil que seja, é preciso admitir que, muitas vezes até mesmo em nome de ênfases importantes, até mesmo constantes na mesma grande comissão, a Igreja vem tentando crescer e cumprir seu papel sem encarar o desafio educacional com a seriedade que precisaria para assegurar desenvolvimento sadio, consistente e sustentável.

O problema é que a práxis cristã evangélica precisa fundamentar-se em princípios teológicos sólidos, que só emergem a partir de uma ação educacional correta e efetiva. Tentar chegar a uma prática correta (ortopraxia) sem os valores corretos (ortodoxia) descamba para a religiosidade ou até mesmo para uma reedição hoje do farisaísmo do primeiro século.

Esta mutilação pragmática precisa ser não apenas denunciada, como faz este texto, mas encarada com destemor e assertividade. Corremos sério risco com o descaso vigente para com a educação cristã. Tanto no contexto da igreja local, onde o ensino na Escola Bíblica é praticado de forma amadora, o treinamento segue simplesmente inexistindo na maioria das igrejas, o discipulado ainda sem espaço no cenário e o processo de amadurecimento na vida dos crentes adiado sine die. Não é difícil avaliar o prejuízo que se prenuncia para a Igreja no Brasil se esta tentativa de se observar a grande comissão pela metade não for imediatamente interrompida em favor de uma visão integral do mandado do Mestre.

Na verdade, já temos contabilizado muitos prejuízos. Basta olharmos a discrepância espelhada nas nossas estatísticas. O programa de educação religiosa executado pelas igrejas batistas do Brasil alcança um percentual ainda irrisório do universo batista brasileiro. Tanto na Escola Bíblica Dominical quanto na Divisão de Crescimento Cristão temos o enorme desafio de conquistar, para o programa praticado, a maioria dos membros de nossas igrejas. Infelizmente, o que criticávamos na década de 80 nas denominações então recém-surgidas, onde os membros só frequentavam os cultos, está acontecendo conosco hoje. É nos cultos que a grande maioria dos membros de nossas igrejas se faz presente, não mais das classes de EBD ou nas organizações de treinamento e missões.

O futuro que se prenuncia não é dos melhores. Precisamos encarar o desafio de rejeitar esta versão mutilada da grande comissão, assumindo um compromisso com o ir, o pregar, o batizar e o ensinar... Todas as coisas que o Senhor Jesus nos mandou.

Quem sabe não seja este o momento de assumirmos e revitalizarmos a Escola Bíblica Dominical e nela investirmos com seriedade, consequência e efetividade? O Senhor Jesus deixou claro o nosso dever de ensinar... Façamos isso com dedicação, como exortou o apóstolo Paulo (Romanos 12.7).

Por uma práxis da grande comissão sem mutilações!

LÉCIO DORNAS

Pastor da Igreja Batista Dois de Julho, em Salvador (BA)

lecio-d@terra.com.br


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

A honestidade e a verdade alegram o coração de Deus!



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Escrito por CARLOS ALBERTO MARTINS MANVAILER
23-Apr-2009

“Percorram as ruas de Jerusalém, olhem e observem. Procurem em suas praças para ver se podem encontrar alguém que aja com honestidade e que busque a verdade. Então eu perdoarei a cidade.” - Jeremias 5.1

O profeta Jeremias realmente exerceu o seu ministério em dias difíceis. A atitude do povo de Deus era deplorável. Não é a toa que ele tinha uma vida de lamentações e, por isto, é conhecido como o profeta chorão. Quando lemos o livro de Jeremias entendemos porque aquele homem de Deus vivia em constante tristeza.

Apesar de todo o seu empenho em profetizar ao povo com fidelidade e compromisso com o Senhor, as atitudes e o modo como aquelas pessoas viviam indicavam que nada do que era falado provocava mudança no estilo de Israel. No versículo acima podemos constatar a que nível deplorável chegaram. É lamentável ser necessário um desafio tão contundente quanto o que Deus fizera, por meio do profeta, por uma única razão: a inexistência naquele contexto de pessoas honestas e verdadeiras em Jerusalém. As palavras do Senhor são fortes.

Esta situação me faz lembrar um episódio semelhante. O diálogo entre Deus e Abraão quando este intercede pelos moradores de Sodoma e Gomorra diante da eminente destruição da localidade em razão da promiscuidade reinante. Na resposta divina à Abraão percebemos a mesma intenção de Deus. Isto é, demonstrar a Abraão a gravidade do nível de corrupção moral e de princípios daqueles moradores e que não havia justo digno de ser poupado naquelas cidades, exceto Ló. Se Jeremias ficava triste com a atitude do povo, fico a imaginar o coração de Deus ao ter que expressar palavras como essas. Exatamente falando acerca de Jerusalém, cidade preciosa para ele, pois era capital da terra prometida e entregue ao seu povo. Era local em que o próprio Deus escolheu e permitiu que Salomão edificasse o templo para que os Judeus de todos os lugares pudessem cultuá-lo e adorá-lo. Que tristeza!

É lamentável quando o homem perde o senso de honestidade e dignidade, quando a sua palavra já não tem mais valor. Quando suas atitudes são reprovadas sob todos os aspectos. Sabemos que os homens sem Deus, com raríssimas exceções, pouco se importam em viver uma vida honesta, digna e exemplar em todos os aspectos. Muitos são honestos e dignos em áreas específicas da vida, porém em outras são indignos, desonestos, traidores, invejosos etc.

Nesse caso até entendemos que a desonestidade, a indignidade, a traição, a inveja, a falta de caráter, de verdade e de bons princípios dos indivíduos pertencentes ao mundo é inerente à própria condição daqueles a quem servem: o inimigo, o pai da mentira e do engano. Certamente o maior patrimônio que qualquer indivíduo possui depois da vida e da salvação - para o crente em Jesus Cristo - é a sua dignidade e integridade de caráter. Muito mais ainda quando se trata do povo de Deus, homens e mulheres que um dia assumiram um compromisso com o Senhor. Certamente a expectativa de Deus é que o povo que se chama pelo seu nome seja honesto, íntegro e que se afaste do mal, da desonestidade.

Isto fica claro quando pensamos na situação existente em nosso país, na qual a verdade e a honestidade têm sido banalizadas exatamente por alguns daqueles que deveriam vivê-las - e me refiro aos detentores de cargos públicos em especial, aqueles responsáveis por bem gerir a coisa pública. Para nós o mais grave é que, muitas vezes, nos deparamos com detentores de cargos públicos que dizem ser pertencentes ao povo de Deus, mas que, a exemplo dos moradores de Jerusalém, suas ações e atitudes não expressam honestidade e muito menos verdade.

É triste, mas esta tem sido a dura realidade! Certamente Deus quer Jeremias neste tempo. Que nós, como servos do Senhor, levantemos a nossa voz para desafiar aqueles que têm vivido uma vida com base na desonestidade e na mentira. Que optem pelo arrependimento enquanto é tempo, pois Deus quer perdoá-los. O desejo ardente do nosso Deus é que vivamos com base na honestidade e na verdade. Isso é honrar o nome do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

CARLOS ALBERTO MARTINS MANVAILER

Membro Igreja Batista Nova Jerusalém, em Porto Velho (RO)

camanvailer@ig.com.br


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

Seguir ou servir?



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Escrito por MANOEL DE JESUS THÉ
23-Apr-2009

Nossos pregadores dão muita ênfase no servir e pouca no seguir. Quando lemos nas escrituras o modo de agir do senhor Jesus Cristo o que percebemos? Percebemos que Cristo deu ênfase ao chamado e depois ao serviço. Nos três anos e meio que esteve entre seus apóstolos, Cristo deu ênfase ao ensino, pois eles precisavam aprender a segui-lo. É muito mais difícil aprender a seguir do que servir.

Vamos ilustrar um fato importante. Quando um médico com grande habilidade opera um crente ele serviu a Cristo, mas o fez inconscientemente. Quando um pastor exerce com grande fidelidade o seu ministério ele serviu a Cristo. Não se espantem! Se ele é convertido ou não é outro assunto. Ser pastor é também um fazer. Aliás, nossos seminários, os “ministérios” que se ocupam hoje em divulgar certos modelos de gerenciamento de igrejas, ensinam o servir, mas não podem transmitir o seguir.

Posso servir a Cristo sem o seguir, mas não posso segui-lo sem o servir. Vejam o cuidado rigoroso que Cristo teve em escolher seus seguidores e vejam como ele dispensou muitos servidores. Por que isto aconteceu? Porque segui-lo é fundamental. Tanto para a salvação como para a missão. Olhemos para a história da Igreja. Quem são os que até hoje reverenciamos como nossos heróis antepassados? Os que o seguiram, certamente. Grande parte deles foram mártires. E por que? Porque o estavam seguindo. Podemos substituir pessoas que estão servindo a Cristo, mas jamais podemos substituir os que morreram por ele. Viram qual é o mas importante?

Seguir a Cristo tem uma direção, tem um alvo, tem um fim, tem um custo, tem um chamado, tem um cálice a ser bebido. E muitas vezes tem a morte pela frente. Servi-lo nem sempre incorpora alguns desses quesitos.

Servir envolve tempo, energias, capacitação, dons etc. Segui-lo envolve caráter, conduta, adoração, culto e, às vezes, até mesmo solidão. É um sair e estar no mundo sem mais pertencer a ele. Ainda bem que, no sair, encontramos outros que também saíram. Imediatamente a união se estabelece. Os solitários reconhecem um ao outro. Logo descobrem que são filhos do mesmo pai e, acima de tudo, que são membros de um corpo. Em qualquer lugar que os dois solitários se encontrarem ali está a Igreja. Que coisa gloriosa Deus engendrou. Só ele mesmo! A Deus toda a glória!


MANOEL DE JESUS THÉ

Pastor da Igreja Batista Ebenézer, em São Paulo (SP)

manoeldejesus.the@gmail.com


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

Pecados são como flunfas



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Escrito por JOSIMAR DE ASSIS ROQUE JÚNIOR
23-Apr-2009

Você sabe o que é flunfa? É o nome técnico da sujeira que se junta no umbigo, oriunda de tecidos, fragmentos de pele morta, gordura, suor e poeira. E como sabemos disso? Alguns especialistas estudaram umbigos por três anos para descobrirem a existência de uma espécie de pelo que atrai fiapos de algodão para o umbigo.

O químico Georg Steinhauser, que dirigiu o estudo, fez a descoberta após analisar cuidadosamente 503 fiapos que retirou do próprio umbigo. Diz o estudo que os pelos que as pessoas têm espalhados pelo corpo, principalmente ao redor do umbigo, possuem escamas que, para o químico, funcionam como pequenos ganchos que prendem a sujeira que desce pelo corpo durante um dia inteiro, muitas delas oriundas dos cabelos. Parece um absurdo, mas temos pelos que preferem recolher e acumular a sujeira do corpo. Minhas filhas diriam: - Ai que nojo!

Entretanto, deixadas especulações e ironias à parte, parece que os pecados são assim, como as flunfas. Eles vão se acumulando ao longo do dia sem que os percebamos, infiltrando-se em regiões aparentemente escondidas e protegidas e, de repente, quando menos esperamos, lá estão eles, aglutinados, formando uma mescla de pequenos ou grandes pedaços de mentira, discórdia, ira, orgulho, engano etc.

Parece que Tiago já sabia disso há quase 2 mil anos, quando escreveu que “cada um (...) é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ter se consumado, gera a morte” (Tiago 1.14 e 15 - NVI). Pedaços de morte e sujeira é o que o pecado recolhe e acumula em nossas vidas.

Interessante é que retiramos as flunfas de nossos umbigos e as descartamos bem quietinhos, pensando que os outros vão achar que não tomamos banho. Porém, como é bom quando elas estão nos umbigos dos outros e então podemos ironizar que são eles os “porquinhos”. Ah! Os pecados...

Na pesquisa referida acima, há o curioso caso de Graham Baker. O médico australiano coleta constantemente amostras de flunfas e as guarda em potes desde 1984. O costume lhe rendeu um lugar no Guiness Book: a maior coleção de flunfa do mundo.

Como está nossa coleção? Como cristão, fico muito preocupado com o engano que eu mesmo exerço sobre a minha vida, quando tendo a esconder alguns fiapos de pecados e imagino que nunca ficarão aparentes ou serão revelados. E como é difícil olhar para o próprio umbigo.

Senhor! Não quero fazer parte do livro dos recordes, mas quero ter a certeza de que, mesmo que eu não possa negar que sou pecador, o sangue de Jesus Cristo me purifica de todas as “flunfas”. Ajuda-me, Senhor, a enxergar mais e a apontar menos.

Que Deus nos abençoe!

JOSIMAR DE ASSIS ROQUE JÚNIOR

Pastor da Igreja Batista Central de Rio Claro (SP)

josimaribc@gmail.com


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Técnicas e contribuições de um psicólogo para o Aconselhamento Pastoral de adolescentes



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Escrito por MARCELO QUIRINO
22-Apr-2009

Entre alguns adultos há uma visão preconceituosa sobre a fase da adolescência, considerada por muitos como a fase da rebeldia. Por outro lado, há também uma visão preconceituosa do adolescente com relação aos adultos, vistos como aqueles que estão na fase da tirania.

Uma visão preconceituosa é o resultado da outra. É o que se pode chamar de conflitos de gerações. Na verdade não passa de um conflito de comunicações, mas não se resume somente a isto apesar de começar por aqui.

Essa visão preconceituosa de ambos os grupos - adolescentes e adultos - é o que não permite uma aproximação saudável e empática entre indivíduos que estão nestas duas fases da vida. Por vezes se faz uma aproximação desgastante e nada eficiente.

Se o aconselhador de adolescentes quiser proporcionar um Aconselhamento Pastoral (AP) eficiente deve, em primeiro lugar, despir-se dos seus preconceitos sobre este grupo para depois permitir-se compreender esse mundo de conflitos entre uma personalidade em formação.


Reações emocionais na adolescência

Muitas vezes o adolescente reage à incompreensão de sua vida psicológica e à falta de uma comunicação empática que verse sobre seu desenvolvimento e necessidade de independência.

O adolescente reage ao cerceamento da sua individualidade. A individualidade está relacionada à inserção grupal, à identidade e à sexualidade. O adolescente requer autonomia para estar em um grupo que o aceite, requer uma identidade reforçada por esse grupo e ainda busca a descoberta de sua sexualidade como forma de contribuir com sua identidade.

Buscar essa inserção num grupo social e buscar autonomia para que esta inserção aconteça e haja uma aceitação grupal não é nada demais.

O problema começa quando essa aceitação num grupo social é resultado de uma incompreensão no seio da família ou quando essa necessidade de aceitação grupal se alia à construção de sua auto-estima ou de sua identidade.

Como o adolescente está em processo de formação de identidade e de individualidade há uma alta sugestionabilidade para grupos de comportamentos desviantes como reação à tirania do autoritarismo dos pais que não o compreendem de forma plena.


Objetivos do aconselhamento com adolescentes

Portanto, uma função do aconselhamento é proporcionar ao adolescente uma visão introspectiva sobre si mesmo. Possibilitar que o adolescente se esclareça dos fatores de sua psique que fornecem estrutura à sua personalidade.

O aconselhador deve permitir ao adolescente uma conversa sobre si mesmo e consigo mesmo. Uma conversa sobre seus sentimentos, seus pensamentos e seus grupos prediletos. Além de tratar de sua relação com a autoridade parental e as razões de suas reações indisciplinadas.

Como a necessidade de aceitação está nesse momento ligada à auto-estima, não ser aceito pelo grupo é sinônimo de queda na auto-estima ou de depressão. Por isso a relação de aconselhamento deve tentar desvencilhar a necessidade de aceitação grupal da auto-estima do adolescente.

Alguns comportamentos de desafio de autoridade podem estar dirigidos à aceitação num grupo específico como uma forma de reação à sua busca pela individualidade que está cerceada na relação com o responsável.

Portanto, o papel do aconselhador é o de proporcionar a aceitação do adolescente no seio da família, pois é isto o que ele busca por vezes.

Caso o adolescente não seja aceito dentro de casa, busca aceitação num grupo como forma de reagir à autoridade constituída. Esta aceitação diz respeito ao amor prático e genuíno que Jesus pregava.

Muitas vezes a atitude de desfiador e de rebeldia é resultado de uma reação quanto à inabilidade dos pais de o aceitarem como um ser em desenvolvimento rumo à individualidade.

Os pais o cerceiam por demais e uma reação explosiva do adolescente é o resultado de um pedido de socorro que visa buscar o seu auto-desenvolvimento psicológico.

O aconselhador deve trabalhar com os familiares para ajustar a assessoria dos pais em direção à busca da individualidade em formação.

O objetivo do aconselhador é equilibrar para que não haja autoritarismo demais e nem libertinagem em excesso no processo de educação. Este é um dos desafios do aconselhador para essa fase da vida do ser humano que é a adolescência.

O aconselhador deve proporcionar um desenvolvimento saudável da individualidade do adolescente. Para isso busca o desempenho de um papel de facilitador e de assessor amigável, que se utiliza de princípios e de diretrizes bíblicas como parâmetros para o desenvolvimento dessa individualidade em formação.


O aconselhador e a comunicação em família

Algumas famílias são aparentemente equilibradas psicologicamente, mas os adolescentes buscam caminhos de desafio às autoridades. Nesse caso específico um mecanismo de comunicação e de conscientização do processo de desenvolvimento psicológico do adolescente pode estar em falha.

Ter uma família equilibrada não é sinal de adolescente equilibrado e formado nos caminhos do Senhor. Muitos pais não erram na educação dos filhos, mas apenas não a apresentam de forma justa e presente com qualidade especifica na comunicação.

O adolescente precisa aprender a voltar os olhos sobre si e seus sentimentos para que saiba lidar com impulsos e com necessidades de aventuras desmedidas que desconsiderem as limitações dos responsáveis. O aprendizado da introspecção (auto-análise) precisa vir da família.

Neste caso, o papel do aconselhador é oferecer à família um canal de comunicação que verse especificamente sobre a psicologia daquele adolescente em formação, que verse sobre seus sentimentos, suas emoções e seus comportamentos.

Não ser entendido e compreendido pode ser um sinal de rebeldia futura. A adolescência é uma fase na qual a necessidade de comunicar-se sobre si mesmo é alta, visto que é um processo de desenvolvimento psicológico muito grande.

Elementos do infante e da vida adulta se misturam, portanto, um olhar sobre si e sobre a própria psique necessita estar presente para um desenvolvimento mais saudável. Por isso essa comunicação deve versar entre o adolescente e a família e entre o adolescente e ele mesmo através da introspecção.


O aconselhador e a sexualidade na adolescência

Há a descoberta da sexualidade nessa fase, e a conversa sobre o próprio desejo é fundamental. Pais devem educar os filhos desde crianças para que se tornem adolescentes com mais conhecimento sobre a sua própria sexualidade.

Conversar sobre sexualidade não é somente oferecer informações, mas sim pôr o adolescente em contato com o seu desejo e com a forma com que se relaciona consigo e com os outros do sexo oposto.

Em alguns momentos, a necessidade de encontrar um namoro está inserida na ausência de vínculos afetivos no seio familiar. Nestes casos específicos, a saída está na busca de uma relação amorosa para a construção de laços afetivos compensadores da ausência familiar.

É importante que o aconselhador busque orientar a família do adolescente quanto à educação sexual de seus filhos. A função desta tarefa não é apenas de informação, mas também de confrontação.

Isto possibilitaria ao adolescente pôr sob a fala alguma necessidade não satisfeita que é buscada inadequadamente numa relação amorosa.


Os vínculos entre aconselhador e adolescente

A natureza do laço social entre aconselhador e adolescente deve ser de amizade, de confiança e aceitação total de pensamentos, mas não de comportamentos - o que significa uma correção com amor e uma limitação com compreensão.

O entendimento da própria fase de vida é essencial. Para isso a técnica de espelhamento da fala, dos sentimentos e das emoções se torna útil. Adolescentes podem ser incompreendidos, visto que estão entre a responsabilidade da vida adulta e a saída da infância.

A rebeldia pode ser um sinal de busca pela autonomia. Deve-se lidar com isso através de conversa empática, mostrando que seu mundo é entendido e compreendido de forma total e eficaz.

Muitos conselheiros cristãos falham com o aconselhamento desta fase, pois não fazem o primeiro passo de forma eficaz: demonstrar que os conflitos e questões psicológicas do adolescente são totalmente compreendidos e aceitos.

Um mito é que o adolescente não permite que se discorde dele, sendo rebelde e indomável. Esta não é uma característica que pertence somente a ele, mas pode ser resultado de uma relação interpessoal ineficaz, na qual a empatia do adulto não está presente.

Perceber que o aconselhador está sendo empático é muito terapêutico para alguns adolescentes. Perceber que o adulto compreende, que entende totalmente a problemática apresentada por ele já pode ser uma boa garantia de que o comportamento desviante será corrigido.


O aconselhador e o comportamento rebelde

A empatia do aconselhador deve preceder a autoridade. Autoridade e empatia caminham juntas, mas em alguns casos se percebe o autoritarismo e a antipatia na família, o que pode gerar estados de rebeldia no adolescente. Muitas vezes esse comportamento rebelde é sinal de incompreensão somente.

Portanto, em alguns casos, se o adulto mostra-se na relação como um amigo empático, essa rebeldia talvez se dissipe. Por vezes esse estado de rebeldia se extingue quando o adulto se mostra empático e neutro, sem críticas, mas com uma autoridade amiga e justa que conversa sobre o importante.

Não é a discordância do aconselhador em relação às atitudes do adolescente que vai proporcionar o estado de rebeldia, mas, antes sim, a incompreensão de seu estado psicológico atual, não deixando claro que o entende de forma plena.

A necessidade de ser entendido e aceito é muito maior do que a necessidade de auto-estima por um grupo de fora da família. Portanto, alguns adolescentes vão buscar fora o que não possuem na família: a aceitação.

Isto pode ser o resultado da inabilidade de a família proporcionar ao adolescente um olhar sobre si mesmo e sobre seus sentimentos, ou seja, não saber conduzir o adolescente para uma análise desse seu período de vida.

Vale deixar claro que compreensão e empatia não são sinais de libertinagem e liberalidade quanto à educação dos adolescentes, mas, antes, sinal de amor e de aceitação. Isto é tudo o que é necessário para esta fase da vida.

Como há uma personalidade em formação os elementos da infância coexistem com os elementos da vida adulta. Responsabilidade e entretenimento coexistem. O aconselhador deve esclarecê-los deste momento, apresentando-os não como características conflitantes, mas sim em desequilíbrio.

Em alguns casos o AP com adolescentes visa suprir o que faltou na família, em outros momentos municiar a família e em alguns casos fazer o papel que a família não pode alcançar por ter a situação de rebeldia saído do controle.


O aconselhador e os adolescentes com transtornos específicos

Adolescentes vítimas de violências necessitam de um suporte emocional para elaborarem o trauma e para, junto com os responsáveis, darem o sentido correto dessa experiência invasiva que é o ato violento.

Não permitir que o adolescente forme pensamentos de generalização - tal como todos os adultos são violentos - é o objetivo de um AP com adolescentes vítimas de violências.

A assessoria emocional e psíquica de um adulto se torna necessária nesses casos. A evolução rumo à inserção social normal será lenta e gradativa e a simples presença de um adulto pode proporcionar o suporte de que precisa o adolescente.

Já adolescentes portadores de transtornos mentais específicos carecem tanto, quanto um adulto, de inserção social que vise o desenvolvimento de tarefas que proporcionem desenvolvimento da auto-estima e do sentido de pertença a num grupo específico.

Numa situação de adolescentes portadores de transtornos mentais específicos, a tarefa de um AP é a de assessorar a inserção grupal e o relacionamento entre eles de forma saudável.


Os desafios para o aconselhador de adolescentes

Por fim, se percebe que essa é uma fase de vida que é marcada por preconceitos mútuos de adolescentes e de adultos. Uma fase da vida incompreendida e não-aceita tal como é. Uma fase da vida na qual se pressiona para ser aquilo que ainda não se é e a se deixar de ser aquilo que não se abandonou por completo, a fase adulta e a fase infantil, respectivamente.

Aconselhar a adolescência é permitir-se parecer um pouco com eles, é permitir-se voltar no tempo e questionar-se sobre os conflitos específicos dessa fase e se despir dos preconceitos que cerceiam o entendimento integral dessa fase específica da vida humana.

Aconselhar adolescente é assessorar o seio familiar no processo de educação do adolescente e possibilitar que se estabeleça um olhar crítico sobre as mútuas formas de comunicação, que se crie entendimento genuíno e a aceitação do processo de mudança.

Portanto, são esses os três fatores que ficam sempre comprometidos na família quando há a presença de um adolescente: a comunicação familiar, o entendimento mútuo entre pais e filhos e a aceitação da autonomia do adolescente.

Restaurar isto é o objetivo principal de um aconselhador de adolescentes, o que se faz quando o aconselhador possibilita ao adolescente expressar seus medos, receios das mudanças pela qual está passando no momento.

O aconselhador deve permitir que o adolescente, a partir da análise das relações sociais que estabelece e a partir da análise sobre os próprios sentimentos e pensamentos, se perceba enquanto um ser em desenvolvimento de identidade.

Esta comunicação saudável deve permitir o esclarecimento dos contratos familiares, o entendimento deve proporcionar um contato mais próximo entre a vida afetiva de pais e filhos e a aceitação visa estreitar os laços familiares e dirimir o medo que os pais possuem de perder uma criança que agora se torna um adulto autônomo e portador das próprias escolhas.

MARCELO QUIRINO

Psicólogo e membro da PIB do Guarani, em São João de Meriti (RJ)

quirino@ufrj.br

Site do Autor: www.marceloquirino.com


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Uma voz que se ouve até hoje



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Escrito por daniel
22-Apr-2009

“Então ouvi a voz do Senhor.” - Isaías 6.8a

Nossa caminhada com Cristo é marcada por experiências. Começamos com a melhor e maior experiência que um ser humano pode ter: o encontro da salvação, quando o arrependido confessa com lábios e atitudes que tem a Jesus como Senhor e Salvador suficiente.

O profeta Isaías teve a sua experiência. O testemunho bíblico o apresenta ouvindo a voz de Deus, sendo conclamado para uma missão. Com a resposta positiva, a voz prossegue com a ordem do envio.

Entre Isaías e nós há um fato essencial: a divisão da história, com a presença de Cristo entre a humanidade. “O Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (João 1.14). Agora, a comunicação entre Deus, o Pai, e a sua criação ganhou uma nova mediação, pois “há muito tempo Deus falou muitas vezes de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo” (Hebreus 1.1-2).

Isso quer dizer que a voz do Pai é ouvida até hoje, através do Filho. Jesus é a comunicação de Deus.

No episódio conhecido como a Transfiguração (Mateus 17.1-13) Pedro se pronuncia satisfeito pela presença de Jesus, Moisés e Elias (verso 4). A voz mais uma vez foi ouvida, agora para exaltar acima de tudo e de todos a voz de Jesus: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (verso 5).

A voz que a Igreja ouve é a voz de Jesus. A voz que move a Igreja às ações missionárias é a voz de Jesus. E o que Jesus fala para a sua Igreja em relação à obra missionária? Ouçamos pelo menos duas das suas orientações:

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19). Aprendemos com a voz que se ouve até hoje que a missão é abrangente. Todos devem ser alcançados pelo discipulado cristão.

“Peçam ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita. Vão! Eu os estou enviando (...). O trabalhador merece o seu salário” (Lucas 10.2-3 e 7). Aprendemos com a voz que se ouve até hoje que é nosso dever interceder, ir (ser sustentado) e sustentar.

A voz que se ouve até hoje tem falado muito mais. Temos ouvido? Uma campanha missionária, por exemplo, é uma oportunidade para respondê-la.

Como Igreja, temos nos dedicado à intercessão, ao envio e ao sustento?

Assim como Isaías, ouçamos e respondamos positivamente à voz que se ouve até hoje.

ELILDES JUNIO MACHARETE FONSECA

Pastor auxiliar da PIB de Alcântara e vice-presidente da CBF

ejmfonseca@ig.com.br


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E caso se convertessem também?



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Escrito por IOMAEL SANT'ANNA
23-Apr-2009

Além de participação ativa no suplemento de informática de um jornal de grande circulação do Rio de Janeiro, a jornalista Cora Rónai escreve também interessantes crônicas semanais. Nelas ela sempre aborda temas e assuntos do cotidiano de forma leve e com humor irônico. Num de seus agradáveis textos, a jornalista escreve a respeito de um sítio adquirido há muito tempo por seus pais, amantes da boa arte. Eles espalharam pela propriedade tabuletas com pinturas feitas pela mãe e poemas de autores diversos. “Passear pelo sítio era como entrar numa antologia sentimental”, lembra Cora.

Um poema de Cecília Meireles, elevada expressão da poesia brasileira e também grande amiga da família, destacava-se no acervo cultural do sítio. Com o tempo, os quadros desapareceram pouco a pouco, queimados com as árvores, corroídos pelo tempo e vários sem deixar qualquer vestígio.

Passaram-se mais de 30 anos e, há pouco, um pacote foi entregue no portão do sítio. Receosa dos possíveis efeitos de algum artefato explosivo, a família demorou a abrir o embrulho. E quando o fez agiu com muito cuidado, seguindo estritas regras de segurança.

Para surpresa de todos, no pacote estava o quadro do poema de Cecília Meireles sumido havia três décadas. Acompanhava-o esta mensagem: “Quando menino, filho de um empregado do sítio, achava este quadro lindo por causa do poema. Peço perdão por tê-lo roubado. Hoje, me converti a Jesus e sinto necessidade de devolvê-lo. Sinto-me envergonhado por minha atitude. Peço perdão a Deus e a vocês.”

A reflexão sobre o ato do desconhecido recorda-nos a declaração bíblica: “Se alguém está em Cristo é nova criação. As coisas antigas já passaram. Surgiram coisas novas. ” Jesus Cristo transforma de fato quem nele crê e conduz o indivíduo crente ao rompimento com os erros do passado.

Talvez alguém pense: O convertido poderia comparecer em pessoa ante a família de Cora e dar seu testemunho. Por que ele não o fez? Não interessa a este escrevinhador julgá-lo, mas registrar sua atitude, semelhante a de muitos outros salvos pela graça de Deus e pela fé em Jesus.

Vale a observação: Imaginem caso se convertessem os inúmeros corruptos e fraudadores da economia brasileira, encastelados nos altos cargos públicos, e os muitos manipuladores de recursos da iniciativa privada. E se viesse a Jesus quem em escalão inferior também explora os outros e se apropria ilegitimamente do dinheiro alheio? Não sobrariam recursos imensos para a solução dos infinitos problemas sociais, econômicos e financeiros de todo o povo brasileiro?

IOMAEL SANT'ANNA

Pastor da PIB de Mesquita (RJ)

pr.iomael@globo.com


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Agindo dentro dos limites



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Escrito por EDVAR GIMENES DE OLIVEIRA
23-Apr-2009

Um detalhe curioso, porém importante, passa despercebido na leitura que fazemos da narrativa bíblica sobre José do Egito. Trata-se da palavra que ele diz à mulher de Potifar e da que Faraó diz a ele, por ocasião de sua posse no governo egípcio. Ei-las:

“Ninguém desta casa está acima de mim. Ele nada me negou, a não ser a senhora, porque é a mulher dele“ (José à esposa de Potifar em Gênesis 39.9).

“Você terá o comando de meu palácio, e todo o meu povo se sujeitará às suas ordens. Somente em relação ao trono serei maior que você” (Faraó a José em Gênesis 41.40).

Não acredito que Potifar, ao dar instruções e autoridade a José, precisou dizer que sua mulher não fazia parte do pacote. Prefiro crer que José não cedeu ao assédio da mulher por ser pessoa íntegra, por ter consciência dos seus limites e ser disciplinado o suficiente para não ir além do que deveria.

Certamente José não tinha consciência, mas tal postura retratava uma qualidade essencial em líderes: reconhecer os próprios limites e saber respeitá-los. Somente pessoas com espírito ditatorial acreditam que podem tudo. Daí a dificuldade em participar de grupos nos quais os poderes são distribuídos e limites estabelecidos.

Penso que não foi difícil para José entender o recado de Faraó quando disse: “Somente em relação ao trono serei maior que você”. Ele sabia o que era ter limites e agir dentro deles. Sendo igual a milhões de humanos, sabia que nem sempre teria a última palavra. Sabia que seu limite terminaria quando começasse o de Faraó, da mesma forma que demonstrou saber seus limites por ocasião do assédio sexual em relação aos de Potifar. Nesse quesito, portanto, estava preparado para liderar.

Não podemos tudo, nem somos responsáveis por tudo. Caso quem trabalha conosco não esteja cumprindo bem suas atribuições podemos ajudar se percebermos abertura para tal, mas jamais querer gerenciar aquilo que não é da nossa competência política, ainda que nos sintamos tecnicamente competentes para fazê-lo.

Quando não nos é explicitado o que nos cabe fazer, usar o juízo faz bem. Quando sabemos quais são nossas atribuições, agir prudentemente dentro dos limites delas é melhor ainda.


EDVAR GIMENES DE OLIVEIRA

Pastor da IB da Graça, em Salvador (BA)

http://www.blogdoedvar.blogspot.com/


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O significado da Páscoa - para os judeus e para nós, os cristãos



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Escrito por NILSON DAMARZIO
16-Apr-2009

Para muitas pessoas a Páscoa é ocasião para maiores lucros pecuniários. Já para outras é mais um feriado prolongado para o lazer e passatempo, enquanto para as crianças é a oportunidade de saborear um ovo de Páscoa (quanto maior, melhor). Porém, como dizia o saudoso pastor David Gomes, Páscoa é mais do que chocolate. Há um sentido histórico e espiritual nesta festa que deve ser devidamente considerado e que veremos nas linhas a seguir.

Em primeiro lugar, vejamos o que a Páscoa significa para os judeus

O povo de Israel enfrentou as agruras da escravidão no Egito durante 430 anos. Após um longo período de sofrimento, Moisés recebeu de Deus a incumbência de liderar o povo para sua libertação. Mas, para cumprimento de tão árdua missão, ele enfrentou tenaz e persistente resistência por parte do Faraó. Fosse por não querer abrir mão do trabalho escravo ou por não crer no poder do verdadeiro Deus, por professar uma religião pagã, o fato é que o monarca egípcio se opôs reiteradas vezes à ideia de permitir que o povo israelita fosse embora. Após várias tentativas frustradas, foi necessária uma intervenção mais drástica de Deus, através de 10 pragas, para convencer o Faraó a dar a permissão pleiteada. Entretanto, mesmo assim, somente ao sobrevir a décima praga - a da morte dos primogênitos - é que a permissão foi dada por Faraó.

Na verdade, a instituição da Páscoa está ligada a esta última praga. (Vide os capítulos 11 e 12 de Êxodo). Durante sete dias os judeus somente poderiam comer pães ázimos (sem fermento). Cada família deveria sacrificar um cordeiro, sem defeito, para ser assado e comido, juntamente com ervas amargas. O sangue do cordeiro imolado deveria ser espargido nos umbrais e na verga da porta das casas para que as famílias israelitas não perdessem seus primogênitos.

Diante do ocorrido, e quando o povo israelita começava a deixar o seu território, o Faraó Ramsés II enfureceu-se e partiu com seu poderoso exército no encalço do povo de Deus para tentar destruí-lo. Entretanto, a poderosa mão de Jeová libertou gloriosamente o seu povo, permitindo sua passagem pelo Mar Vermelho a pé, fato extraordinário que marcaria para sempre a história de Israel.

Portanto, para os judeus, a Páscoa é a celebração deste grande feito histórico, significando a sua libertação da escravidão no Egito. Aliás, a palavra Páscoa, do hebraico "pessach", significa passagem, a passagem da escravidão para a libertação.

Não é sem razão, pois, que até hoje a Páscoa é celebrada pelos judeus com grandes solenidades. Meu filho trabalha em Nova York na firma B&H, considerada a maior revendedora de equipamentos eletrônicos do mundo e cujos proprietários são judeus ortodoxos. Por ocasião da Páscoa, durante sete dias a empresa fecha as portas e dá folga aos funcionários, tal a importância que concedem à essa grande celebração.

Em segundo lugar, vejamos qual o significado da Páscoa para nós, os cristãos

É notável a similitude existente entre a Páscoa judaica e a cristã, podendo-se afirmar que a Páscoa é um tipo de Cristo.

Conforme já observamos, para os judeus a Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. Para nós, Cristo é o nosso grande libertador da escravidão do pecado. Antes da maravilhosa experiência regeneradora éramos escravos do pecado. Porém, a partir de nossa conversão, mediante o arrependimento dos pecados e a fé em Jesus, fomos libertados da pior das escravidões. Eis o que Jesus declara: "Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado" (...) "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8.34 e 36).

Na Páscoa judaica as famílias deveriam sacrificar um cordeiro. Para nós, cristãos, Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). E Paulo identifica perfeitamente a Cristo como cordeiro pascal ao afirmar: "Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado por nós" (1 Coríntios 5.7). Vale dizer que o cordeiro da páscoa judaica representava Cristo, o cordeiro imolado no Calvário.

O cordeiro pascal deveria ser ser defeito (conforme Êxodo 12.5). Desta forma, simbolizava a perfeição de Jesus Cristo, aquele que jamais pecou enquanto aqui viveu e que desafiou os judeus que não aceitavam a sua messianidade ao dizer: "Quem, dentre vós, me convence de pecado?" (João 8.46). E aqueles inimigos nada puderam apontar que desabonasse a conduta do Filho de Deus, cuja perfeição moral estava acima de qualquer dúvida. Corroborando a mesma tese, assim se expressa o escritor aos Hebreus: "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (Hebreus 4.15).

O sangue do cordeiro na verga e umbrais das portas das casas simbolizava salvação para os israelitas. Da mesma forma as pessoas que crêem no sacrifício feito por Cristo na cruz ficam livres da morte espiritual, eis que "O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado" (1 João 1.7).

Portanto, para os cristãos a Páscoa é a festa comemorativa da libertação espiritual operada por Cristo na vida de todos os que nele creem.

Certa feita o grande pregador John Wesley foi abordado por um assaltante, que, examinando a pasta do pregador e notando que só continha a Bíblia e mais alguns livros, desinteressou-se e ia se afastando. Wesley então lhe disse: “Quando você se cansar da vida que está levando lembre-se de que O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado".

Estas palavras ficaram gravadas na mente daquele assaltante ao ponto de, tempos depois, ao meditar nesta verdade bíblica, ter decidido deixar sua vida pecaminosa e aceitar Cristo como seu Salvador. Ao reencontra-se com Wesley pôde lhe dar esta grande notícia, com imensa gratidão na alma.

E o dileto leitor, já teve um encontro de fé com Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?

NILSON DIMARZIO

Pastor da IB em Vila Mury e colaborador de OJB

pr.dimarzio@bol.com.br


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A morte de Jesus, um mal necessário



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Escrito por AURECINO COELHO DA SILVA
16-Apr-2009

Caso a morte de Jesus fosse submetida a uma consulta popular, certamente a maioria votaria contra a crucificação. Alguns algozes talvez optassem por sugerir um simples castigo. Entretanto, esbarrariam naquela realidade: “quem fala a verdade não merece castigo”. E Jesus é a própria Verdade!

Grande parte dos entrevistados diria não, a começar pelo próprio governador Pilatos e sua mulher, que consideraram o Filho de Deus inocente. Mas se era inocente, por que condená-lo?

Onisciente, Deus sabia que somente o derramamento de sangue poderia apagar a transgressão de tanta gente no mundo inteiro.

A caminhada trôpega pela via dolorosa foi precedida de três tragédias: a traição de Judas, a negação de Pedro e o julgamento de Pilatos.

Isaías disse que “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Então, a morte do Salvador é uma realidade profética, cujo palco foi a cruz e com direito a plateia organizada.

Havia uma dívida a ser paga e o único instrumento pagador era a cruz. Com o corpo completamente enxágue e sob escárnio, zombaria e deboches, Jesus pagava a conta, remia, libertava, absolvia e cancelava os pecados dos homens. A cruz foi mesmo o palco e o instrumento escolhido para dividir épocas.

A morte propiciou três bençãos à humanidade: a reconciliação com Deus, o perdão de Deus e a salvação mesmo na hora da morte.

Caso na hora da pesquisa de opinião me questionassem: Sua salvação depende da morte de Jesus, você é contra ou a favor?

Diria eu: Caso não haja outra alternativa e se esta for a Vontade de Deus, que seja feita!

Para nós cristãos, todas as semanas são santificadas, portanto, nos valhamos desta para honrar o nome do nosso Salvador. E, em vez de lamentações, lembremo-nos de que a morte na cruz foi um mal necessário pelo bem da humanidade.

AURECINO COELHO DA SILVA

Pastor e jornalista

aurecino@yahoo.com.br


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O verdadeiro significado da Páscoa



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Escrito por CLEVERSON PEREIRA DO VALLE
16-Apr-2009

O comércio sempre aproveita as datas festivas para ganhar dinheiro e promover suas mercadorias. Infelizmente, na época de Páscoa são passados para as crianças conceitos errados, o que faz com que elas se encantem com o que é apresentado.

Caso realizemos uma pesquisa com dez crianças perguntando o que é a Páscoa, creio que nove diriam que é ovo de chocolate e coelho.

Precisamos, como líderes em nossas igrejas, alertar os pais a respeito da importância de ensinar o significado real da Páscoa para seus filhos.

“No pensamento cristão, como também no judaico, a Páscoa, a Festa dos Pães Ázimos e a dedicação dos primogênitos têm sido tradicionalmente considerados memoriais intimamente relacionados a acontecimentos interdependentes do Êxodo histórico e sua posterior comemoração repetida’’, diz o “Novo Dicionário da Bíblia” das Edições Vida Nova.

A Páscoa foi uma festa na qual o povo de Israel comemorou a saída da escravidão egípcia.

No Novo Testamento Jesus é apresentado como nosso cordeiro pascoal, como nosso substituto na cruz. A Bíblia diz que Jesus veio para nos libertar, nos dar vida em abundância. Então, para nós cristãos a Páscoa é muito significativa.

Se o povo hebreu tinha o que comemorar, nós também temos. Se no passado eles foram escravos do Egito, nós éramos escravos do pecado.

Quando o povo hebreu se viu livre, ele festejou. Além disso, aprendemos nas Escrituras que se o Filho nos libertar, verdadeiramente seremos livres, o que ele já fez.

Hoje, todos os que depositam a fé em Jesus têm motivos para festejar e comemorar a verdadeira Páscoa, a nossa libertação.

Somos livres do pecado, libertos por Jesus, nosso cordeiro pascoal.

Ensine o verdadeiro significado da Páscoa para os seus filhos, e feliz Páscoa.

CLEVERSON PEREIRA DO VALLE

Pastor da PIB em Artur Nogueira (SP)

cleversonvalle.blogspot.com


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Páscoa, o que significa isto?



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Escrito por ISALTINO GOMES COELHO FILHO
16-Apr-2009

Páscoa vem da palavra hebraica pesach, “passar sobre”. Aconteceu quando Israel, após 400 anos de escravidão no Egito, foi libertado miraculosamente por Deus e constituído como seu povo. A Páscoa era o pacto entre Deus e Israel. Deus cuidaria do povo e Israel lhe seria obediente. Sua instituição está em Êxodo 12.1-13.

Neste texto destacamos três aspectos: o cordeiro, o participante e o sangue do cordeiro. Analisamos os três separadamente, ajuntando depois suas partes e cotejando com a pessoa de Jesus podemos entender um pouco mais sobre o significado cristão da Páscoa. A Páscoa judaica era também uma profecia factual, que se cumpriu em Cristo.


O cordeiro

Sem defeito e macho de um ano (Êxodo 12.5). Com um ano o cordeiro está adulto. Deveria ser perfeito. Um símbolo de Cristo, que começou seu ministério aos 30 anos (quando o hebreu alcançava a plenitude física) e foi sem pecado. O cordeiro deveria ser comido com pães ázimos (sem fermento, símbolo da corrupção - o fermento não era químico, era comida azeda ajuntada à comida boa para fermentá-la), e com ervas amargas (símbolo da amargura da escravidão), conforme Êxodo 12.8. Deveria ser inteiramente comido. O que sobrasse seria queimado (verso 10). Um símbolo do sacrifício de Cristo, totalmente consumido em favor da humanidade. É por isto que Paulo chamou Jesus de “nossa Páscoa”, como lemos em 1 Coríntios 5.7. O cordeiro simbolizava a obra de Jesus. Sua morte simbolizava a morte de Cristo por nós. Por causa do sangue do cordeiro na Páscoa, Deus passou por cima dos hebreus. Por causa do sangue de Cristo, Deus passa por cima de nós e não nos condena.


O paricipante

A Páscoa deveria ser celebrada em família (Êxodo 12.3). Israel deveria se ver como uma comunidade e não como uma massa de escravos. Um símbolo da Igreja, que é uma família, a família de Deus. As pessoas deveriam comer a refeição já preparada para a viagem, e de forma apressada. Outro simbolismo é que eram peregrinos. O Egito não era o lugar deles. Da mesma forma um cristão compreende que é peregrino neste mundo. Nenhum de nós viverá para sempre. Todos iremos embora daqui. Eles tinham um destino, uma pátria. A Igreja compreende que é peregrina e que tem uma pátria melhor, como lemos em Filipenses 3.20 e Hebreus 11.14-16. A Páscoa judaica lembrava aos judeus que foram estrangeiros no Egito e que Deus lhes dera uma terra. O cristão sabe que é peregrino neste mundo e que Deus lhe deu uma pátria celestial. Jesus deixou isto bem claro, como lemos em João 14.1-6. Somos peregrinos, em busca de uma pátria melhor.


O sangue

O sangue era a cobertura que salvava. À meia-noite houve juízo sobre o Egito, mas onde houvesse o sangue na porta haveria salvação e não haveria juízo (Êxodo 12.12-13). Simbolizava o sangue que Cristo derramaria na cruz para nos livrar do poder das trevas e da condenação eterna, como lemos nas seguintes passagens: João 8.34-36 e 1 João 1.7-9.

O sangue de cordeiro que foi derramado e aspergido nas portas das casas dos judeus significa que eles estavam cobertos, Deus passaria por cima da casa e não a julgaria. Da mesma maneira, quem está coberto pelo sangue de Cristo, quem crê no seu sacrifício na cruz por nós, está coberto e não será jamais julgado: João 3.16-17. O sangue do Cordeiro de Deus nos cobre do juízo divino


Conclusão

A Páscoa do cristão não é ovo de chocolate nem o símbolo é um coelho. Isto é festa. A verdadeira Páscoa é aquela em que podemos dizer que aceitamos que Jesus morreu pelos nossos pecados. Ele é a verdadeira Páscoa. Ele morreu numa semana de Páscoa, encerrando assim o trato de Deus com Israel e fazendo surgir outro povo, a Igreja, povo multirracial, multiétnico e atemporal, que não tem geografia. A ceia substitui a Páscoa, pois é a nova aliança: Mateus 26.17-28. Esta nova aliança cancela a antiga: Hebreus 8.9-13. O cristão, na Páscoa, lembra disto: Cristo morreu pelos nossos pecados. Esta sempre foi a verdadeira mensagem da Igreja: 1Coríntios 15.1-4. Cristo morreu por nossos pecados, como o cordeiro que morreu para que os israelitas tivessem liberdade. Entretanto, Cristo ressuscitou, esta é a diferença. Por isso vale a pena crer nele.

Não precisamos ser rabugentos, implicando com tudo, e negarmos o aspecto cultural e festivo dos dias da Páscoa. Receba e dê ovos de chocolate, se você gostar. Porém, a verdadeira Páscoa é poder dizer que Cristo morreu por nós para nos dar a salvação.

ISALTINO GOMES COELHO FILHO

Pastor, colaborador de OJB

www.isaltinogomes.com


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As alegrias da liderança



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Escrito por EDNILSON CORREIA DE ABREU
22-Apr-2009

É comum pensarmos na liderança apenas como um fardo pesado a ser enfrentado por pessoas consagradas à dor e ao martírio. Será que isto é verdade? Claro que não.

Quem tem assumido uma sadia liderança, sabe que a dor e as lutas da liderança não correspondem à toda a realidade nela envolvida. Existem alegrias na liderança e são muitas. Gostaria de lembrar você de algumas:

A alegria de viver com propósito

É bom saber que a sua vida está sendo usada com um fim, um alvo, e que a sua jornada aqui tem uma razão de ser. Esta passa pela posição em que você está hoje como líder. Você não está onde está por obra do acaso, mas Deus o colocou aí. Alegre-se de poder viver com um sentido de propósito relevante. Como líder você tem uma missão a cumprir.

A alegria de poder ser uma influência positiva para o progresso de outras pessoas

Como líder você tem uma posição estratégica para influenciar outros e com isso você haverá de ser benção. Você poderá marcar a vida das pessoas ao seu redor de forma maravilhosa, influenciando até gerações e fazendo com que outros alcancem uma vida cheia de significado também. Nunca ignore o seu poder de influenciar pessoas para o bem.

A alegria de poder contribuir para a concretização de realidades que permanecem

Como líder você está marcando vidas, podendo deixar um legado permanente, e só a eternidade saberá contar o valor dessa contribuição. As coisas mais importantes geralmente são invisíveis. Com a liderança não é diferente, pois toda a construção visível que tem valor real está baseada em realidades invisíveis que nem todos conseguem enxergar. Como líder você pode deixar algo permanente nas vidas e nas instituições.

A alegria de poder desenvolver muito do seu potencial pessoal

Como líder você haverá de ser “esticado”, como dizia um antigo professor meu. Encare isto não como um problema, mas sim como uma oportunidade de, com equilíbrio e bom senso, desenvolver o seu potencial. É muito bom poder olhar para trás e poder perceber que temos nos desenvolvido como pessoas e, consequentemente, como líderes.

A alegria de poder se sentir parte de algo maior do que você mesmo

É tremendo que, de repente, você perceba que o projeto em que você está envolvido como líder pôde crescer, ganhar corpo e se transformar em algo ainda mais desafiador. Isso causa uma certa dose de temor, mas dá à vida um sabor novo, nos impulsiona a trabalhar e nos alegrar em poder saber que Deus é capaz de usar alguém como nós e desenvolver coisas maiores do que sonhamos.

A alegria de poder fazer parte de uma rede mundial de homens e mulheres que fazem diferença no mundo

Como líder você acaba se integrando a outros líderes que também estão envolvidos em ações maravilhosas e que estão marcando a vida de outras pessoas. Assim, você acaba fazendo diferença no mundo. Estes encontros sempre produzem novos insights e encorajamento mútuo. Poder conviver com pessoas assim é uma das grandes bênçãos da liderança.

A alegria de poder se realizar também fazendo parte do sonho de outras pessoas

Como líder você poderá assistir liderados vivenciarem o crescimento, a realização, os desafios e as vitórias. O sonho de muitas pessoas acabam passando pelas suas mãos, por isso o bom líder deve ser um facilitador de trajetórias. Alguém acreditou em você, por isso você está onde está. Não podemos deixar que o sonho de outros morra em nossas mãos. Seja um líder gerador de vida e não de morte.

A alegria de poder sonhar e, ainda que todo o sonho não se realize, poder viver a aventura de tentar alcançá-lo

A vida é composta de sonhos que, sonhados e trabalhados, se transformam em realidades que geram novos sonhos e que tocam a vida para sempre.

Onde estaríamos hoje se não houvessem homens que ousassem sonhar e trabalhar como líderes na realização destes sonhos?

Você como líder deve estar na vanguarda dos sonhos.

O que dá sentido às coisas não é realização da cada sonho em si, mas as experiências, as vivências, as alegrias e as lutas, enfim, tudo que vai sendo experimentado e construído ao longo do processo.

Vamos aprender a olhar para a liderança numa perspectiva mais ampla, vislumbrando seus desafios, é certo, mas contemplando, acima de tudo, a bênção de poder assumir a responsabilidade por algo que o próprio Deus colocou em nossas mãos, pois o melhor disso tudo é que ele disse que estaria conosco nesta jornada.

Alegremo-nos com as bênçãos da liderança, pois elas são muitas.

EDNILSON CORREIA DE ABREU

Pastor da PIB em Ecoporanga (ES)

ednilsonpr@hotmail.com


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br