sexta-feira, 1 de maio de 2009

Uma voz que se ouve até hoje



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Escrito por daniel
22-Apr-2009

“Então ouvi a voz do Senhor.” - Isaías 6.8a

Nossa caminhada com Cristo é marcada por experiências. Começamos com a melhor e maior experiência que um ser humano pode ter: o encontro da salvação, quando o arrependido confessa com lábios e atitudes que tem a Jesus como Senhor e Salvador suficiente.

O profeta Isaías teve a sua experiência. O testemunho bíblico o apresenta ouvindo a voz de Deus, sendo conclamado para uma missão. Com a resposta positiva, a voz prossegue com a ordem do envio.

Entre Isaías e nós há um fato essencial: a divisão da história, com a presença de Cristo entre a humanidade. “O Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (João 1.14). Agora, a comunicação entre Deus, o Pai, e a sua criação ganhou uma nova mediação, pois “há muito tempo Deus falou muitas vezes de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo” (Hebreus 1.1-2).

Isso quer dizer que a voz do Pai é ouvida até hoje, através do Filho. Jesus é a comunicação de Deus.

No episódio conhecido como a Transfiguração (Mateus 17.1-13) Pedro se pronuncia satisfeito pela presença de Jesus, Moisés e Elias (verso 4). A voz mais uma vez foi ouvida, agora para exaltar acima de tudo e de todos a voz de Jesus: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (verso 5).

A voz que a Igreja ouve é a voz de Jesus. A voz que move a Igreja às ações missionárias é a voz de Jesus. E o que Jesus fala para a sua Igreja em relação à obra missionária? Ouçamos pelo menos duas das suas orientações:

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19). Aprendemos com a voz que se ouve até hoje que a missão é abrangente. Todos devem ser alcançados pelo discipulado cristão.

“Peçam ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita. Vão! Eu os estou enviando (...). O trabalhador merece o seu salário” (Lucas 10.2-3 e 7). Aprendemos com a voz que se ouve até hoje que é nosso dever interceder, ir (ser sustentado) e sustentar.

A voz que se ouve até hoje tem falado muito mais. Temos ouvido? Uma campanha missionária, por exemplo, é uma oportunidade para respondê-la.

Como Igreja, temos nos dedicado à intercessão, ao envio e ao sustento?

Assim como Isaías, ouçamos e respondamos positivamente à voz que se ouve até hoje.

ELILDES JUNIO MACHARETE FONSECA

Pastor auxiliar da PIB de Alcântara e vice-presidente da CBF

ejmfonseca@ig.com.br


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

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