sexta-feira, 1 de maio de 2009

Seguir ou servir?



PDF Imprimir E-mail
Escrito por MANOEL DE JESUS THÉ
23-Apr-2009

Nossos pregadores dão muita ênfase no servir e pouca no seguir. Quando lemos nas escrituras o modo de agir do senhor Jesus Cristo o que percebemos? Percebemos que Cristo deu ênfase ao chamado e depois ao serviço. Nos três anos e meio que esteve entre seus apóstolos, Cristo deu ênfase ao ensino, pois eles precisavam aprender a segui-lo. É muito mais difícil aprender a seguir do que servir.

Vamos ilustrar um fato importante. Quando um médico com grande habilidade opera um crente ele serviu a Cristo, mas o fez inconscientemente. Quando um pastor exerce com grande fidelidade o seu ministério ele serviu a Cristo. Não se espantem! Se ele é convertido ou não é outro assunto. Ser pastor é também um fazer. Aliás, nossos seminários, os “ministérios” que se ocupam hoje em divulgar certos modelos de gerenciamento de igrejas, ensinam o servir, mas não podem transmitir o seguir.

Posso servir a Cristo sem o seguir, mas não posso segui-lo sem o servir. Vejam o cuidado rigoroso que Cristo teve em escolher seus seguidores e vejam como ele dispensou muitos servidores. Por que isto aconteceu? Porque segui-lo é fundamental. Tanto para a salvação como para a missão. Olhemos para a história da Igreja. Quem são os que até hoje reverenciamos como nossos heróis antepassados? Os que o seguiram, certamente. Grande parte deles foram mártires. E por que? Porque o estavam seguindo. Podemos substituir pessoas que estão servindo a Cristo, mas jamais podemos substituir os que morreram por ele. Viram qual é o mas importante?

Seguir a Cristo tem uma direção, tem um alvo, tem um fim, tem um custo, tem um chamado, tem um cálice a ser bebido. E muitas vezes tem a morte pela frente. Servi-lo nem sempre incorpora alguns desses quesitos.

Servir envolve tempo, energias, capacitação, dons etc. Segui-lo envolve caráter, conduta, adoração, culto e, às vezes, até mesmo solidão. É um sair e estar no mundo sem mais pertencer a ele. Ainda bem que, no sair, encontramos outros que também saíram. Imediatamente a união se estabelece. Os solitários reconhecem um ao outro. Logo descobrem que são filhos do mesmo pai e, acima de tudo, que são membros de um corpo. Em qualquer lugar que os dois solitários se encontrarem ali está a Igreja. Que coisa gloriosa Deus engendrou. Só ele mesmo! A Deus toda a glória!


MANOEL DE JESUS THÉ

Pastor da Igreja Batista Ebenézer, em São Paulo (SP)

manoeldejesus.the@gmail.com


EXTRAÍDO DE: www.ojornalbatista.com.br

0 comentários: